Jaqueline Goes de Jesus

Já ouviu falar em Jaqueline Goes de Jesus? Pode se preparar, pois vai ouvir por muito tempo. A pesquisadora baiana tem pouco mais de trinta anos e sua história já inspira meninas e meninos no Brasil e no mundo a seguirem o caminho das ciências!

Nascida em Salvador/BA em 19 de outubro de 1989, Jaqueline veio de uma família simples, mas que sempre acreditou no valor da educação. Desde cedo, seus pais incentivaram e investiram em seus estudos.

Os resultados vieram: a menina sorridente e curiosa se tornou biomédica, mestre em Biotecnologia e doutora em Patologia Humana e Experimental. Sua especialidade são os vírus. No início da carreira, ela estudou o HIV e o HTLV. Ficou conhecida por trabalhar no sequenciamento genético do zika vírus entre 2015 e 2016. E, hoje, dedica sua atenção aos arbovírus, causadores de doenças como chikungunya, febre amarela e dengue.

Mas foi a pandemia do novo coronavírus que colocou Jaqueline sob os holofotes da mídia. Ela foi uma das coordenadoras da equipe de pesquisadores que sequenciou o genoma do Sars-Cov-2 em tempo recorde – apenas 48 horas depois de o primeiro caso de Covid-19 ser confirmado no Brasil. Foi a primeira vez que uma mulher negra e nordestina ganhou tamanha projeção internacional no mundo das Ciências! É ou não é pura inspiração?

Reconhecimento merecido

Hoje em dia, além de cientista dedicada, Jaqueline é uma influenciadora. É chamada constantemente para entrevistas e palestras. Já desfilou na São Paulo Fashion Week e foi convidada especial do desfile da escola de samba carioca Beija-Flor de Nilópolis, em 2022, cujo enredo exaltava o povo negro.  

Ela também coleciona homenagens públicas. Em 2020, por exemplo, recebeu a Comenda Zilda Arns, do Conselho Nacional de Saúde. Já em 2022, foi agraciada com o Prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger, da Câmara dos Deputados.

De todas as formas de reconhecimento que já recebeu, duas são muito especiais. Ela se tornou uma integrante do “Donas da Rua”, projeto da Maurício de Sousa Produções que destaca mulheres que fazem história. E virou uma boneca Barbie, numa homenagem da fábrica de brinquedos Mattel às mulheres que atuaram na linha de frente da luta contra a Covid-19.

Se, em pouco mais de uma década de carreira, Jaqueline já tem uma trajetória dessas, imagine só o que ela pode fazer nos próximos anos. Vêm muito mais descobertas e conquistas por aí!

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