O Tributo é uma moedinha que se transforma em muitas coisas: escolas, hospitais, pontes… Mas, de repente, ele começa a perder seu poder… É por causa da sonegação!
Aprenda, junto com Dora Colabora e a Turma do Tributo, um pouquinho sobre educação fiscal.
Assista, abaixo, à versão simples e à versão com Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Ao final, também é possível ler o roteiro.
Animação com Libras
Roteiro
O Tributo está se virando em mil. A cada momento, a pedido do seu Nestor, o gestor público, a moedinha se transforma em escolas, ruas, hospitais. Mas, de repente, o Tributo começa a sentir fraquinho e, na hora que vai se transformar, não consegue. Faz cara de preocupado e pergunta:
– Seu Nestor, o que pode está acontecendo comigo? Não tô dando conta de fazer o que preciso!!
Seu Nestor se senta em sua sala, numa mesa dessas de gabinete, tendo o Tributo sentado á sua frente. Eles começam a conversar.
– Olha, Tributo, para que você fique sempre forte, é preciso que os cidadãos paguem os seus impostos em dia. Mas nem sempre isso acontece!
– Por quê? Eles não sabem que é daí que vem o dinheiro que o governo usa para atender às necessidades da população??
– Saber até sabem, mas, às vezes, eles decidem sonegar, ou seja, não pagar os impostos. Pensam que assim estão sendo espertos e vão ter mais dinheiro para gastar com o que quiserem!
Tributo, com um aspecto de doente, diz:
– Xiiii! Então é isso? Eu tô fraco por causa dessa tal de sonegação?
– É, esse é um dos motivos que faz você perder a força e não poder se transformar em tudo o que a população precisa.
Tributo faz cara de preocupado:
– Existem outros???
Seu Nestor responde:
– Sim, mas não vamos tratar deles agora. Uma coisa de cada vez! Primeiro, vamos tentar resolver o problema da sonegação!
Os dois vão saindo juntinhos da sala, o Tributo sendo amparado pelo Seu Nestor.
Dora Colabora está se divertindo, andando de patins perto da porta de casa. Seu pai a chama:
– Filha, venha cá, por favor.
A menina chega com presteza perto do pai:
– Dora Colabora a seu dispor!
O pai orienta:
– Preciso ir ao banco pagar uns impostos e não posso te deixar em casa sozinha.
Dora olha com olhos arregalados e brilhantes para a mão do pai cheia de dinheiro e papéis e começa a sonhar com um monte de brinquedos.
Dentro do carro, Dora está sentadinha e ainda tendo ideias. Ela pensa:
– Puxa, meu pai tá cheio de dinheiro e diz que não pode me comprar uma bicicleta nova!!!
Nessa hora, aparece o Murrinha, uma criaturinha mal-encarada, dando péssimos conselhos à menina:
– Dar dinheiro para o governo é mesmo uma furada, menina. Você devia convencer o seu pai a usar esse rico dinheirinho para comprar o brinquedo que você tanto quer.
Dora vai fazendo uma carinha de felicidade, quando se dá conta que é um diabinho que está falando com ela e toma o maior susto.
– Quem é você????
Aparece o Beto Correto, do outro lado de Dora. Ele diz com cara de reprovação:
– Esse é o Murrinha.
Beto muda de cara, dá um sorriso e cumprimenta Dora:
– Eu sou Beto Correto, muito prazer! Não ouça os conselhos do Murrinha, Dora. Cidadão de bem não cai na dele.
Murrinha olha chateado para Beto:
– Esse Beto Correto sempre chega pra atrapalhar meus planos. Só quer ser o certinho da história.
Nessa hora, Beto Correto cochicha no ouvido de Dora:
– Não é isso, Dora, mas o pagamento dos tributos é fundamental para promover o bem comum. Afinal, é com o dinheiro arrecadado do povo que o governo oferece serviços à comunidade.
Aparece uma interrogação bem grande sobre a cabeça de Dora.
Beto continua:
– Seu pai, como todo cidadão, deve cumprir seus deveres de contribuinte. Ouça-o.
O pai vai estacionando o carro. Dora, com cara de confusa, pergunta:
– Pai, por que você tem que pagar esse tal de imposto???? Esse dinheiro dava para comprar tantos brinquedos…
– Minha filha, não é assim. Já te explico.
O pai para de falar, pois está prestando atenção à manobra. Da janela do carro, vê seu Nestor andando, apoiando o Tributo.
O pai diz para Dora:
– Melhor, acabei de ver um amigo que vai saber explicar melhor do que eu!
Cumprimentando Seu Nestor, o pai fala:
-Seu Nestor, que alegria em vê-lo!
Dora, meio chateada, pensa:
– Puxa. Mais um para dar palpite na minha vida.
Seu Nestor cumprimenta o pai e Dora. Murrinha e Beto Correto estão cada um de um lado de Dora, como se estivessem se insultando.
O pai conta a Seu Nestor:
– Seu Nestor, minha filhotinha aqui estava me perguntando por que não gastamos o dinheiro dos tributos em brinquedos!!
Seu Nestor explica:
– Sabe, Dora, é como se os impostos recolhidos tivessem poderes mágicos. Eles podem se transformar em um bom hospital público…
Cena de uma pessoa doente sendo atendida pelo médico.
– Uma escola nota dez…
Cena de crianças contentes em sala de aula.
– Uma estrada ou via pública…
Cena de um carro trafegando numa rua bem sinalizada
– Uma praça… Um centro de esporte e lazer…
Cena de crianças nadando numa piscina ou jogando numa quadra esportiva.
– A iluminação e a rede de telefonia de uma rua… Tributo pode se transformar na rede de água e esgoto de um bairro…
Cena de uma criança apertando a descarga de um vaso sanitário.
A moedinha vai se transformando em cada uma dessas coisas, mas vai ficando fraquinha e quase desmaia no final. Todos se movimentam para que ele não caia estatelado no chão.
Dora olhando com cara de pena:
– Coitado!! Acho que entendi tudo…
Tributo diz:
– Pois é, Dora, sou fantástico, mas não caio do céu. Se o pessoal não pagar os impostos devidos direitinho e se o governo não investir direitinho os impostos que recebe do povo, não viro nadinha.
Dora, com voz de conclusão e cara de quem acabou de entender tudinho:
– Nossa, se meu pai não pagar essas contas o Brasil é quem vai sofrer…
O pai, Beto Correto e Seu Nestor balançam a cabeça afirmativamente!
– Uhum!
Murrinha fala:
– Tchauzinho. Esse discurso já cansou minha beleza de sonegador – e desaparece.
Dias depois, Dora em casa. Tudo arrumado para sua festa de aniversário. Beto Correto, ao lado do pai, está fofocando algo em seu ouvido.
O pai fala:
– Dora, venha cá.
Quando ela chega à sala, encontra a bicicleta que tanto queria. Ela fica radiante e o abraça:
– Pai, como você adivinhou?
Ele sorri e diz:
– Um anjinho me contou! – e pisca o olho para Beto Correto.
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