Rafaela Tagarela

Ilustração. Fundo amarelo. No centro da imagem, uma menina em pé, virada para o lado esquerdo da imagem e com os braços abertos. Ela tem a pele levemente alaranjada, cabelos lisos castanhos presos atrás da cabeça. Está com os olhos fechados e a boca bem aberta com os dentes e língua à mostra. Ela usa um vestido verde curto e sapatilhas cor de laranja. O lado esquerdo da imagem está preenchido com a palavra "blá!" em cor-de-rosa repetida várias vezes.

Seu direito acaba quando começa a invadir o do outro. Veja aqui a história da Rafaela que era tão tagarela que ninguém aguentava mais.

Rafaela Tagarela

Clique para ouvir a história:

Coleção Cogumelo. Rafaela Tagarela, de Adolfo Santos Turbay. Editora Abra. Leitura de Paulo Gonçalves.

Roteiro:

Conheço uma menina engraçada e muito bela, mas tem um grande defeito. Ela é muito tagarela. Essa menina tão sem modos tem o nome de Rafaela. Está sempre em apuros, pois se incomodam com ela. Não importa onde esteja, sua voz se faz ouvir. Gosta de dar gargalhada e não para de sorrir. Na lanchonete ou no cinema, na escola ou na biblioteca, ela é sempre notada com seu modo de sapeca. Seus pais já lhe avisaram: “Filhinha, você tem que ter jeito”. Os professores já falaram: “Às vezes, ser tagarela é um defeito.” E blá, blá, blá, blá… “Pois, do jeito que se comporta, falando que nem galinha d’angola, vai ter que mudar de sala, ou até mesmo de escola.” E blá, blá, blá….

Rafaela não percebeu que falar muito não é legal, pois quem sempre age assim, fala muito e escuta mal. Falando tanto desse jeito, muitas coisas vão pro ralo, pois quem fala e não ouve, sempre dá bom dia a cavalo. E blá, blá, blá, blá…

O certo em uma pessoa é falar, mas também ouvir. Nós todos temos o direito de opiniões emitir. É tão bonito quando existe diálogo entre as pessoas. Uns falando, outros ouvindo para se conviver numa boa. Conviver em sociedade é viver em harmonia. E falar bem moderado traz paz e alegria. Espero que ela aprenda a parar de falar à toa. Pois senão a sua vida vai ser chata e nada boa. E blá, blá, blá, blá, blá….

Viver triste, abandonada, sem amigos, sem ninguém, é o que sempre acontece quem travas na língua não tem. Fim da história.

Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

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