Você ainda tem dúvidas sobre o que é o bullying? Então aguenta aí que vamos te explicar direitinho.
Se você é bom de bola, o povo grita: “ Lá vem o Neymar”; se manda bem no kart, vira o “fera do asfalto”; nada mais rápido que todo mundo, é chamado de “o tubarão”. Quem não gostaria de ser conhecido assim?
O problema é quando os apelidos não são tão legais. Nomes como baleia, dentuço, nerd, perna-de-pau não são raros e muitas vezes deixam marcas profundas nas pessoas que os recebem.
Se você nunca passou por isso, tem muita sorte. Mas, com certeza, conhece alguém que todos os dias é obrigado a conviver com apelidos horríveis ou piadinhas sem graça sobre aparência, jeito de ser ou de se comportar. Este tipo de violência, muito comum nas escolas, é chamada de bullying.
O que é o bullying
O termo bullying vem do inglês e significa algo como intimidar. Mesmo sendo uma palavra estrangeira, a prática está se tornando bem comum nas escolas aqui do Brasil. As crianças e jovens brasileiros têm mostrado uma enorme intolerância com as diferenças.
Por não conseguirem aceitar que ninguém é igual a ninguém, os jovens se juntam e maltrataram os colegas. Não é um absurdo?!
O bullying não é apenas um apelido maldoso, não. Quando algum aluno mais forte bate nos outros, quando uma turma isola um colega, ou até mesmo quando uma galera inteira se junta para esconder objetos de um único estudante… Tudo isso é bullying. Existem crianças que ficam tão tristes com as gozações que pedem para não voltar à escola.
O bullying pode ter consequências extremas
Em situações mais graves, as conseqüências são seríssimas. Você já ouviu falar de alunos que invadem as escolas armados e matam colegas e professores e depois se suicidam? Os casos mais conhecidos aconteceram em escolas dos Estados Unidos, mas já houve episódios parecidos aqui no Brasil também. Muitos psicólogos atribuem essas atitudes assassinas a uma reação desesperada de crianças e jovens que sofreram anos com gozações dos colegas de escolas.
Fale, converse, explique!
Quando as brincadeiras começam a incomodar de verdade é hora de procurar ajuda. Os professores e diretores são as pessoas mais recomendadas para ajudar, mas contar o que está acontecendo para os pais também é muito importante. Os pais devem procurar a direção da escola e explicar a situação. Toda solução deve vir por meio da conversa. Aqui vale lembrar aquele velho ditado que diz que violência só gera mais violência. Por isso, revidar as agressões com mais briga não é a solução.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que toda criança tem o direito de viver em sociedade sem sofrer nenhum tipo de discriminação. A criança deve ser respeitada e qualquer tratamento discriminatório, que lhe envergonhe, humilhe ou cause medo é crime!
Cyberbullying
Além de serem vítimas do bullying dentro das escolas, várias crianças e adolescentes já estão sofrendo com um novo tipo de agressão: o Cyberbullying. A palavra é uma união entre cyber – o mundo dos computadores – e a palavra bullying. Já deu para entender a gravidade da situação, né?
Uma pesquisa sobre violência escolar feita com quatro mil estudantes paulistas mostra que a maior parte das provocações ainda acontece na escola, mas as agressões também estão rolando em blogs da internet e sites de relacionamento. Se o bullying praticado pelos alunos de uma única escola já era perigoso, imagina quando milhares de pessoas no mundo todo podem participar desse ato cruel?
Texto escrito em agosto de 2008 e reeditado em 2017.
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