O Orçamento é uma lei muito importante

Ilustração. Zé Plenarinho está do lado esquerdo da imagem que tem fundo laranja. Ele aponta para uma circunferência laranja de fundo cinza que está no centro da imagem. A circunferência é dividida em 8 partes e cada uma delas traz uma palavra: saúde, transporte, educação, lazer, infraestrutura, alimentação, moradia e segurança.

Você sabe o que é orçamento? Você já deve ter visto os seus pais avaliando quanto podem gastar e quanto devem economizar com a alimentação, vestuário, saúde, educação, transporte, moradia e lazer da família, certo? É justamente esse planejamento das contas que se chama orçamento.

A cidade, o Estado e o País também têm orçamento. Assim como na sua casa, é importantíssimo gastar somente de acordo com o que se ganha para não ficar endividado.

No caso do governo, o orçamento é um instrumento que “exige” um grande esforço de planejamento do uso das finanças públicas.  Primeiro, é preciso estimar o valor total da Receita, depois fixar o valor total da Despesa, identificando cada item do programa de gastos. Afinal, estamos falando de gastos com saúde, educação, segurança, cultura, transporte, entre outras áreas essenciais para a qualidade de vida da população.

Transparência e controle

O orçamento é um instrumento de transparência. Por meio dele, os gastos públicos são mostrados à população. Todos os programas do governo devem estar ali presentes, com os seus valores bem detalhadinhos!

É também um instrumento de controle. Por que a sociedade pode acompanhar a sua execução (como é posto em prática) e avaliar se o governo está destinando recursos para solucionar os problemas do País. A vigilância do povo é fundamental para saber se o que foi prometido está sendo ou não cumprido.

Que outras Leis estão relacionadas ao Orçamento?

  • A Constituição Federal, nos seus artigos 165 a 169;
  • A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO. Também editada anualmente, define certos limites, condições e orientações para o Orçamento;
  • O Plano Plurianual. Elaborado a cada 4 anos, estabelece objetivos de longo prazo;
  • A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 2000).

Orçamento Participativo

Alguns municípios e estados brasileiros adotam o Orçamento Participativo como forma de permitir que cidadãos participem da elaboração do orçamento. De forma democrática, as pessoas são convidadas a dar opiniões sobre a definição de prioridades (obras e serviços mais importantes). Por exemplo: o povo, diretamente, pode participar da decisão de se construir ou uma praça ou uma escola pública; adiar a construção de uma ponte para concluir a construção de um hospital. Enfim, é uma forma de permitir ao cidadão a participação na gestão do dinheiro público.

Essa participação pode ocorrer durante a fase de elaboração do Orçamento, quando o projeto de lei está sendo preparado na Prefeitura ou no Governo do Estado. Pode acontecer também em audiências públicas, realizadas nas Câmaras Municipais ou Assembleias Legislativas, quando os cidadãos são convidados a conhecer, em detalhe, o orçamento que está sendo elaborado, e opinar sobre ele.

Como o orçamento público vira lei?

Passo a passo

  • Todos os anos, no primeiro semestre, o Ministério da Economia elabora um Projeto de Lei de Orçamento, reunindo vários orçamentos menores enviados por cada um dos órgãos públicos;
  • O presidente da República assina esse Projeto de Lei e o envia ao Congresso Nacional, até o dia 31 de agosto;
  • A Comissão Mista de Orçamento, composta por senadores e deputados, reúne-se para discutir cada uma das partes do Projeto de Orçamento;
  • Essa comissão faz as alterações que achar necessárias e envia o projeto aprovado para ser discutido e votado no Plenário do Congresso Nacional, por todos os deputados e senadores;
  • Aprovado pelo Congresso, o projeto de Orçamento é devolvido ao presidente da República, para ser sancionado (aprovado) e transformado em lei. O Congresso deve devolvê-lo até 15 de dezembro;
  • A partir de 1º de janeiro do ano seguinte, o Orçamento começa a valer.
Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

2 Comentário(s)

  • by Giovanna Brandão postado 16/05/2022 11:34

    Discordo com algumas informações passadas ao leitor. Estão super equivocados em relação à política, como por exemplo; quando dizem que os cidadões participam da gestão do dinheiro público. Nesse quesito, estão super errados.

    • by Turma do Plenarinho postado 16/05/2022 12:55

      Giovanna, Se você reler o texto, verá que falamos que alguns estados e municípios adotam o orçamento participativo. Nessas localidades, a população pode, sim, opinar sobre o uso dos recursos públicos. Abraços da Turma!

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