Racismo não!

Turma do Plenarinho contra o racismo

O dia 21 de março é o Dia Mundial contra a Discriminação Racial. A data foi escolhida por causa de um massacre ocorrido em 1960, na África do Sul, durante um protesto pacífico contra o regime do Apartheid. Morreram 69 pessoas e 186 ficaram feridas.O Apartheid obrigava os negros a andar com identificações nas quais constavam sua origem, suas características e ainda os locais por onde poderiam circular dentro da cidade. Eles eram proibidos de casar com brancos, obrigados a viver isolados em bairros afastados, a frequentar escolas em que os conteúdos dados eram diferentes e não podiam estudar nas universidades. E, caso desobedecessem alguma dessas regras, eram presos e, muitas vezes, torturados.

Por conta dessas condições tão ruins, muitos líderes levantaram suas vozes e tentaram acabar com este regime racista. Um nome que se destacou foi o de Nelson Mandela.  Ele nasceu na Africa do Sul, sob o regime do Apartheid, e sofreu na pele todos os males da segregação racial. Por causa de sua luta, passou 27 anos na cadeia. Em 1993, no entanto, sua luta sempre pacífica pelos direitos dos negros foi reconhecida e Mandela ganhou o prêmio Nobel da Paz. No ano seguinte, foi a vez do povo sul africano reconhecer seu valor e ele se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul. Mandela governou o país até 1999 e morreu em 2013, com 95 anos.

Mas ele não foi o único nem o primeiro a lutar por direitos iguais entre brancos e negros. Em 1963, Martin Luther King já dizia:

“Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!”

Ele lutou pelo tratamento igual e pela melhoria da situação da comunidade negra nos Estados Unidos e no mundo até morrer assassinado, em 1968. Durante sua vida, liderou muitas manifestações pacíficas e fez discursos emocionantes pelo fim da desigualdade racial.

Racismo no Brasil

Mesmo sendo o país que reúne a maior quantidade de jovens afrodescendentes da América Latina, o Brasil não está livre do racismo. Em 2014, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou um relatório que mostrava que os negros são os que mais são assassinados, frequentam a escola por menos tempo, ganham menos e morrem mais cedo. São os que mais vão presos e estão menos presentes em postos nos governos. Ainda segundo o relatório, as taxas de analfabetismo são duas vezes maiores entre os negros em relação ao restante dos brasileiros.

Datas como esta têm a função de chamar a atenção sobre os graves reflexos da discriminação racial e sobre a importância de se seguir lutando para garantir direitos iguais para todos, todos mesmo.

 

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