Brasil e Japão, antiga parceria

Ilustração. O fundo da imagem é divido em duas imagens que se completam. Ao lado esquerdo está a metade esquerda da bandeira do Japão: fundo branco e metade da circunferência vermelha no centro. A outra metade da circunferência é azul, pois o dado direito da imagem é a metade direita da bandeira do Brasil. No centro da imagem, Xereta está em frente à metade azul do círculo, em pé com o corpo inclinado para frente, as mãos juntas e os olhos fechados. Em frente a ela, um menino de cabelos pretos e traços orientais está na frente da metade do círculo vermelho e também tem as mãos juntas e inclina o corpo em sinal de cumprimento a Xereta.

Em 18 de junho de 1908, chegaram ao Brasil os primeiros japoneses. Atualmente, mais de um milhão e meio de japoneses ou descendentes vivem no Brasil.Por isso, a nossa turma resolveu pesquisar, encontrar curiosidades e aprender um pouco de japonês para deixar você mais perto desse país de tradições milenares. É uma ótima oportunidade para conhecermos um pouco mais seus costumes e cultura. Preste atenção, ou como se diz em japonês: kiite kudasai!

Do Kasato Maru até os dias atuais

Para entender direitinho como começou esta parceria, vamos contar uma história que começa em 18 de junho de 1908. O dia estava calmo quando o navio Kasato Maru atracou no porto de Santos, a 83 km de São Paulo. A bordo, 165 famílias que deixaram o Japão, um país superpopuloso e empobrecido por guerras, em busca do sonho de fazer fortuna no Brasil. Essa vinda é chamada de imigração japonesa.

A viagem, longa e desconfortável, foi só a primeira das dificuldades que aquelas pessoas enfrentaram. O idioma português era uma grande barreira. As diferenças culturais também causavam espanto. O clima, os insetos, tudo era pouco familiar. Mas valia a pena arregaçar as mangas e trabalhar: a ideia era juntar dinheiro e voltar em até três anos para o Japão.

No entanto, logo ficou claro que o retorno à terra natal teria que esperar. O pagamento recebido pelo trabalho nas fazendas de café era quase todo usado para saldar as dívidas da viagem e para a subsistência no Brasil. O jeito era seguir trabalhando duro para comprar terras e, assim, melhorar os rendimentos. E, enquanto isso, se unir em comunidades onde fosse possível manter a cultura e educar as crianças dentro dos costumes e do idioma japonês: afinal, um dia eles também viveriam no país de origem de seus pais.

O tempo passou e, dos quase 190 mil japoneses que imigraram para o Brasil antes da Segunda Guerra Mundial, apenas 10% conseguiram de fato voltar. O restante ficou aqui, integrando-se à população local e reconhecendo o nosso país como seu novo e definitivo lar.

Hoje estamos juntos e misturados. Compartilhamos artes marciais, gostos musicais, preferências culinárias. Fazemos origami, cantamos no karaokê, assistimos a animes e tomamos chá verde. Se as diferenças antes nos separavam, hoje elas nos tornam complementares.

Caminho inverso

A partir do fim da década de 1980, o fluxo migratório entre os dois países começou a mudar. Brasileiros descendentes de japoneses começaram a imigrar para o Japão como trabalhadores temporários – os chamados “dekassegui”. O sonho era parecido com o de seus antepassados: juntar dinheiro para voltar ao país de origem em outra condição de vida. Muitos realmente voltaram. Outros acabaram ficando por lá, onde se estabeleceram e formaram família.

Aulinha de japonês

Que tal aprender expressões do dia a dia em japonês?

Bom dia: Ohayoo gozaimasu (lê-se Orraiou gozaimasu)
Boa tarde: Konnichiwa (lê-se Konitiwa)
Boa noite: Konbanwa
Eu sou a Xereta: Watashi wa Xereta desu.
Tchau/Adeus: Sayonara
Obrigado: Arigatou
Até amanhã: Mata ashita
Eu sou brasileiro: Watashi wa burajiru jin desu.
Eu não entendo: Wakarimasen

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Sonho Brasileiro

Na Câmara dos Deputados, perto de onde ficam as salas de reuniões das Comissões, há um painel gigantesco criado em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Nele estão representadas as bandeiras dos dois países, unidas.

O tamanho de 9,5 m x 3,5 m impressiona, mas o mais incrível é que ele é constituído por 450 mil pequenos origamis (dobraduras de papel), feitos por brasileiros e japoneses em todo o mundo. Antes de fazer a dobradura, cada pessoa escreveu um desejo no papel – daí o nome, Sonho Brasileiro.

O painel foi inaugurado em 17 de dezembro de 2008, após 7 meses de trabalho intenso.

Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

4 Comentário(s)

  • by Rodrigo postado 27/06/2018 04:05

    As roupas do personagem que representa o japonês na ilustração não são japonesas, parecendo mais chinesas ou vietnamitas. Seria de bom tom corrigir.

    • by Turma do Plenarinho postado 08/08/2018 10:09

      Obrigado pelo toque!

  • by Pedro Henrique postado 31/08/2018 14:57

    Gostei da foto do Japaneis ele e bonito gostei da animacão do Japaneis

    • by Honestinho postado 05/09/2018 11:48

      😉

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