A Turma do Plenarinho precisa acabar com o plano maligno da vilã Analfa Berta. Ela quer afastar as crianças da educação e do conhecimento, deixando todo mundo desinformado e preconceituoso. Será que ela vai conseguir acabar com a empatia que existe entre as pessoas?!Para saber como a história termina, que tal se aventurar com a Turma e aprender a se proteger deste tipo de ameaça?
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Roteiro:
Na sala de aula, todas as crianças da turma do 6º ano estavam alegres, conversando sentadas em grupos como de costume, esperando a professora chegar. Toca o sinal
Analfaberta disfarçada: Oi, turma!
Vozes aleatórias: “Quem é essa?”
Analfa berta: A professora Josefa passou mal e vim dar aula no lugar dela. Pra começar, preciso do número dos celulares de vocês. É pra mandar o dever de casa.
LOC: No fim da aula, enquanto todos saíam da sala, conversando animadamente, Zé, Légis e Xereta recebem uma mensagem em seus celulares [som de mensagem]. De repente, o comportamento dos três muda e tudo fica muito estranho… [som estranho de transe]
A professora substituta também está indo embora e Vital desconfia de que a conhece de algum lugar. Mas não consegue saber de onde. Cida e Vital vão falar com Zé, Xereta e Légis.
Vital: E aí, galera, bora pra quadra?
Zé: Ah, Vital, não tô afim de jogar com cadeirante não…
Vital: Oxe, Zé! Eu sou cadeirante, mas você sabe que eu detono no basquete, né?!
Zé: Nhé…
Cida: Ué, Zé, que bicho te mordeu?
Xereta: Ih, lá vem a Cida magricela defensora dos fracos e oprimidos.
Zé: Ah, bora, meninas.
Cida: Caraca, Vital, eles nunca agiram assim… Isso parece ser bem grave.
Vital: É, Cidoca, tá esquisito mesmo. Temos de fazer alguma coisa.
Cida: Demorou!!
No dia seguinte, quando a professora Josefa chegou na sala, todos estavam em silêncio, sentados em fileiras, um atrás do outro.
Professora Josefa: Bom dia, turma! Eu estava com saudades! Ué, pessoal, por que que a sala está desse jeito?
Crianças:
– Ah, fessora, tamo de saco cheio de trabalhar em grupo.
– É, ajudar os outros é chato demais.
Josefa: Zé, que é que aconteceu aqui?
Zé: É isso aí. Cada um por si e ninguém por todos.
Josefa: Turma! Não é assim que trabalhamos! Quero conversar com vocês depois.
Mais tarde, Vital e Cida procuraram a professora Josefa.
Josefa: Entrem, entrem! Eu estava mesmo querendo falar com vocês. Vocês da Turma brigaram?
Vital: Não, fessora, mas o pessoal tá bem estranho e parece que não é só na sua turma.
Josefa: Hum… Então não foi só aqui… Olha, eu achei esse papel na sala. Será que tem algo a ver com tudo isso?
Cida: Hum… Parece um tipo de código. Vital, isso é trabalho para o Adão! Ele deve estar na nave! Bora pra lá!
Então, Vital e Cida correram para a nave.
Cida: Adão, Adão! Para tudo! Temos uma missão pra você! Tem algo muito estranho acontecendo com a nossa turma e pode ter a ver com esse código aqui, ó, que está nesse papel!
Adão: Deixa eu ver! Hum…. Vamos deixar o computador trabalhar nisso. Mas acho que vai ser mais difícil do que eu imaginava, esse código parece estar alterado.
Vital: Seja o que for, deve ser algo muito sério, o Zé sempre foi meu principal incentivador… Lembro de quando eu queria jogar basquete e zombavam de mim. Perdi as contas de quantas vezes joguei sozinho até que conheci o Zé e todos vocês. Foi quando eu descobri que o olhar do outro pode acabar com as diferenças.
Adão: Galera, melhor ir pra casa e esperar. Isso daqui ainda vai demorar a ficar pronto. Bora esperar o computador nos avisar quando estiver concluído.
LOC: Depois de algumas horas…
Voz do computador: A-NÁ-LI-SE CON-CLU-Í-DA. MEN-SA-GEM EN-VI-A-DA.
LOC: A mensagem dizia para toda a Turma se encontrar antes da aula. Mas Zé, Légis e Xereta não deram bola, nem ligaram. Bem cedinho, antes da aula, Vital, Cida, Adão e Edu Coruja se encontram na nave.
Adão: Macacos me mordam! É um vírus que cria um campo magnético através dos celulares e altera o comportamento das pessoas!
Vital: Ah, então é isso?
Cida: Bora logo pra escola avisar para a professora.
Adão: Vão indo. Preciso terminar de ler essa papelada toda. Pode ter mais coisa.
Enquanto isso, no COVIL, o Centro de Operações dos Vilões, Analfa Berta tira seu disfarce de professora substituta e comemora seu sucesso!
Analfa Berta: Olha, Magoador, nosso plano está dando certo! Estamos acabando com a empatia e a tolerância! Veja como as crianças brigam! Elas estão se odiando!!!!
Magoador: Excelente! A ignorância é amiga do preconceito! Quanto menos elas respeitarem as diferenças, mais vão se detestar!
Analfa Berta e Magoador: Vamos acabar de vez com esta infância solidária! Muahahahaha
Cida e vital correm para encontrar a professora Josefa
Cida ofegante: Professora, professora! Conseguimos decifrar o código!
Vital: É um vírus no celular que está alterando o comportamento da galera.
Josefa: Nossa! Será que isso é coisa daquela professora substituta?
Adão chega correndo com o celular na mão:
Adão: Turma! Olha o que eu descobri! O endereço do computador de onde saiu o vírus é Rua da Crueldade, número 1.
Vital: Eu e a Cida vamos até lá!
Adão: E eu volto pra Nave pra ver o que consigo fazer pelo computador.
Josefa: E eu vou avisar a polícia e mandar toda a turma desligar o celular agora.
Josefa: Turma, hoje todos os celulares devem ficar DES-LI-GA-DOS!
Crianças:
– Nossa, professora, que coisa mais antiga!
– Fessora, não tá desligando, não!
– Também não tô conseguindo…
Cida e Vital chegam rápido ao endereço que Adão descobriu.
Vital: Ué… Mas esse lugar parece estar abandonado…
Cida: Olha! Um pedaço de papel igual ao que a professora Josefa encontrou na sala! A gente deveria saber que isso só podia ser coisa daqueles vilões!
Enquanto Cida e Vital dão uma olhada no lugar, chegam João e Marina. Cida e Vital explicam o que está acontecendo e, juntos, decidem que é preciso entrar no COVIL e resolver tudo de uma vez por todas.
Os vilões descobrem pelas câmeras escondidas que a turma conseguiu encontrá-los, mas Magoador parece despreocupado.
Analfaberta: Não acredito! Esses pestinhas outra vez!!!
Magoador: Relaxa! Eles não vão chegar aqui a tempo! Falta muito pouco para concluirmos nossa Operação Intolerância! Ahahahaha
Enquanto isso, tudo parece muito quieto no caminho dos meninos. De repente, fica completamente escuro.
Vital: E agora??? Não estou enxergando nada!!
Marina: Deixa comigo, Vital! Ser cega me ajuda muito nessas horas. Não preciso de luz para guiar vocês. Sigam-me!
Vital: Puxa, esse lugar não é nada acessível!!!
Cida: Gente, olha lá o Edu!
Edu: Pessoal! Uuu! Trouxe um pen drive com o antivírus que o Adão criou! Precisamos instalar no computador central dos vilões! Uuu!
Cida: Mandou bem, Edu!! Acho que tem uma passagem ali, ó!
Marina segue guiando a turma com segurança até que… (som de tremor e pedras caindo no chão).
Cida: Eita ferro, as paredes estão caindo!
Vital: Rápido! Todo mundo em cima da minha cadeira!!
Cida: Vital, que sorte que a sua cadeira é multi-função!
Vital: Aaah não! O chão está se abrindo!
AAAAHHHHHHHHH
CUIDADOOOOOOOO
Todos caíram no chão de um lugar bem alto! Mas pra sorte da galera, Edu, voando, consegue ajudá-los a sair do buraco. Só Vital fica pra trás. E parece que a cadeira dele está quebrada!!!
Vital: Edu, não temos tempo a perder. Eu estou bem! Vou dar um jeito aqui na minha cadeira e chego até vocês num minuto. Corram!!
Cida, João e Edu, através de um vidro no chão, conseguem ver os vilões trabalhando no subsolo do COVIL. Pareciam estar tramando alguma coisa. Cida não conseguia ouvir o que eles estavam dizendo e pede ajuda a João, que é surdo e sabe fazer leitura labial.
João lê os lábios dos vilões e conta tudo para Cida, usando a Língua Brasileira de Sinais. Cida traduz para o resto da galera.
Cida: Só temos 30 segundos para instalar o antivírus ou vai ser tarde demais!!
Vital ainda tentava fazer a cadeira voltar a funcionar…
Vital: Funciona, cadeira, funciona!!!
Vital: Consegui!!
Cida: Vital! Você estava certo, a gente já conhecia essa professora substituta!
Vital: Analfa Berta!
Edu: Uh! O computador central está ali! Só faltam 15 segundos!! O tempo está se esgotando!
Cida, João e Vital tentam, sem sucesso, levantar o vidro por onde conseguiam enxergar os vilões.
Edu: Olha! Ali tem um buraco! Uuu! Mas acho que eu não consigo passar por ele!
Vital: Pera… Deixa eu tentar uma parada aqui com a minha cadeira.
Vital: Ufa! Ainda bem que nem tudo estragou com o tombo!
Acionando um controle de sua cadeira, Vital usa um mini drone em forma de inseto para fazer o pendrive chegar até o computador central.
Voz do computador: OPERAÇÃO INTOLERÂNCIA ESTARÁ CONCLUÍDA EM 5, 4, 3, 2…
AS DEFINIÇÕES DE VÍRUS FORAM ATUALIZADAS
Todos: Olha lá! O antivírus foi instalado!! Eeeeee!
Apressados para fugir, os vilões acompanhavam de longe, pela tela do computador, a conclusão do seu plano maligno. De repente:
Voz do computador: OPERAÇÃO CANCELADA
Vilões juntos: O QUEEEEE? NÃO PODE SERRRR!!!
Analfa Berta: NÃO ACREDITOOOOOOOO! ELES CONSEGUIRAM DE NOOOVOOO!!
Magoador: Mas nós voltaremos! Não desistiremos nunca de acabar com esta infância feliz!! Ahahahahahaha!!
No dia seguinte, na escola, todos tranquilos conversavam sobre tudo o que tinha acontecido.
Adão: Ainda bem que deu tudo certo e agora, com o antivírus, todos estamos protegidos desse tipo de comportamento preconceituoso.
Josefa: Não, Adão. Nunca estaremos totalmente imunes. Precisamos estar sempre atentos para nunca deixar que acabem com a nossa empatia e com respeito entre todos.
Vital: Isso mesmo, fessora! Pô, Zé, tu tava esquisitão mesmo…
Zé: Desculpa, cara, aquele não era eu!
Vital: Então bora pra quadra?
Zé: Só se for agora!!!
FIM
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