A ordem é se vacinar!

Ilustração. Em uma sala que parece de hospital, Zé Plenarinho está no centro, sentado em uma maca e um homem moreno, careca, de jaleco e luvas aplica uma vacina no braço de Zé. Xereta anda em direção à saída da sala com os braços erguidos e uma placa em uma das mão que diz "tô vacinada!". Na fila para a vacinação estão Cida e Vital. Todos na imagem usam máscaras azuis que cobrem a boca e o nariz.

A Organização Mundial da Saúde destaca que, depois do consumo de água potável, a vacinação é a maior conquista da saúde pública. Não é à toa. Antigamente, doenças contagiosas, como o sarampo e a poliomielite, deixavam sequelas nas pessoas e chegavam até a matar. Mas, com o surgimento das vacinas, foi possível diminuir a incidência e até erradicar algumas delas.

E, para que essas doenças continuem sendo apenas histórias do passado, é preciso que toda a população mantenha as vacinas em dia. É por isso que toda criança nascida no Brasil tem a sua caderneta de vacinação. Esse documento serve para acompanhar o desenvolvimento da meninada, para registrar as vacinas já tomadas e para os médicos relatarem doenças graves que seus pequenos pacientes possam ter contraído.

Como funcionam as vacinas?

Quando nosso corpo entra em contato pela primeira vez com um agente nocivo (um vírus ou bactéria, por exemplo), o sistema imunológico começa a produzir anticorpos, isto é, proteínas que atuam como defensoras do organismo.

O problema é que a produção não é rápida o bastante para prevenir a doença, já que o sistema imunológico não conhece aquele invasor. Por isso, ficamos doentes.

Se aquele organismo invadir nosso corpo novamente, o sistema imunológico vai reconhecê-lo e produzir anticorpos em velocidade suficiente para evitar o novo contágio. É o que chamamos de imunidade.

Quando nos vacinamos, entramos em contato com os mesmos agentes causadores da doença, mas enfraquecidos ou mortos. Assim, eles não nos deixam doentes, mas ensinam e estimulam nosso sistema imunológico a produzir anticorpos que levam à imunidade.

A erradicação de doenças

Graças a campanhas globais de vacinação e à adesão de toda a população, em 1994, a Organização Mundial da Saúde declarou que a poliomielite estava definitivamente erradicada das Américas. Na Europa, isso aconteceu em 1999.

No Brasil, o sarampo também recebeu certificado de erradicação em 2016. Mas em 2018, a doença voltou a aparecer nos consultórios médicos. Em Roraima e Amazonas, quase 500 casos foram confirmados no primeiro semestre de 2018. Na Europa, a doença também voltou.

Mas não tinha sido erradicada?

A explicação para a volta deste tipo de enfermidade é que os responsáveis pelas crianças estão deixando de vaciná-las, no Brasil e no mundo.

Há quem pense que doença erradicada não precisa mais de vacina, pois deixou de existir. Não caia nessa! As doenças deixam de infectar porque estamos imunizados pela vacina. Sem ela, ficamos tão vulneráveis quanto no passado.

Para piorar, várias notícias falsas, as chamadas fake news, têm se espalhado pelas redes sociais, alardeando horrores sobre as vacinas, dizendo inclusive que elas podem causar problemas de saúde!

Antes de sair por aí acreditando em tudo, é importante buscar informações em fontes oficiais de informação. Você vai ver que vacinas são, sim, muito seguras. E, convenhamos, levar uma picadinha é muito melhor do que contrair uma doença grave.

Além disso, quando deixamos de nos vacinar, não colocamos apenas a nossa vida em risco. Expomos também quem tem baixa imunidade, como pessoas idosas, bebês e doentes.

Vacinas gratuitas

Atualmente, o Sistema Único de Saúde, o SUS, oferece gratuitamente dezenas de vacinas diferentes. Crianças são os principais alvos das campanhas nacionais de vacinação, pois seu sistema imunológico está em pleno desenvolvimento.

Mas, mesmo depois da infância, é muito importante ficar de olho no calendário de vacinação – algumas vacinas precisam ser tomadas de tempos em tempos, durante toda a nossa vida, como a da gripe.

E a vacina da Covid-19?

A campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 começou pelos profissionais da área de saúde, populações com grande vulnerabilidade social, pessoas com mais chances de desenvolver formas graves da doença e trabalhadores de serviços essenciais. Mas, depois, foi estendida a toda a população, até mesmo às crianças!

E por que há tantas vacinas diferentes? Isso aconteceu porque vários laboratórios do mundo trabalharam simultaneamente no desenvolvimento de imunizantes. Afinal, diante de uma doença tão perigosa, toda ajuda é bem-vinda. Mas essas vacinas diferentes vão proteger do mesmo jeito? Vão, sim. O importante é, quando chegar a sua vez, esticar o braço e se vacinar!

Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

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