Câmara Mirim 2018: educação é assunto mais frequente

Todos os anos, desde a primeira edição do Câmara Mirim, em 2006, a educação é um dos temas mais comuns entre os projetos enviados por crianças e adolescentes. A preocupação da garotada inclui acessibilidade, bullying, línguas estrangeiras, formação política e cidadã, qualidade do lanche, acesso à internet, valorização da cultura brasileira e dos professores!

Se observamos bem, são assuntos presentes no dia a dia de muitos estudantes e também na mídia nacional. Alguns projetos, no entanto, chamaram nossa atenção e, por isso, merecem um destaque especial.

Igualdade para todos

O projeto enviado pela Isadora Cramer Bosco sugere que estudantes recebam auxílio transporte. No Distrito Federal, isso já acontece com o Passe Livre e a ideia dela é que aconteça em todo o país.

Outra proposta que demonstra preocupação com a inclusão e acolhimento do próximo é do Pedro Vinícius Gaudêncio de Santana Fonsêca. Ele defende o ensino da língua portuguesa para imigrantes e refugiados, de forma presencial ou on-line. De acordo com o autor, o objetivo é “permitir a integração social e profissional à sociedade brasileira”, pois, para o menino, o idioma pode ser uma grande barreira de inserção no país.

Tecnologia nas escolas

O Luan Kerlon Rodrigues Teixeira teve a ideia de que alunos a partir do 6º ano tenham acesso à rede Wi-Fi na escola. O propósito é que a internet seja usada para pesquisas. De acordo com ele, a rede será utilizada “em sala de aula com a supervisão do professor”. Sua justificativa é que “há estudantes, principalmente de escolas públicas, que não têm acesso à internet em casa”. Segundo Luan, a possibilidade de usar internet na escola traria inclusão para aqueles que não têm condições de pagar em casa.

Já a Brendha Karoline Cardoso pede que o uso dos celulares seja regularizado nas escolas. Para ela, a utilidade desses aparelhos facilitaria pesquisas, trabalhos e tarefas.

Saúde na escola

O projeto de Enzo França Oliveira determina que as escolas façam um acompanhamento dos alunos para que, se for o caso, seja feito o diagnóstico de obesidade. Segundo ele, “no início do ano letivo deve ser feita uma ficha diagnóstica para registrar informações como: tamanho, altura, peso, uso de remédios, histórico familiar”. Assim, as escolas, em parceria com especialistas da saúde, poderiam evitar futuros problemas de obesidade.

A estudante Gabriela Braga Rocha de Almeida sugeriu a criação de uma disciplina chamada inteligência emocional. O propósito é que desde pequenas as crianças aprendam a lidar com as emoções e a enfrentar problemas.

 O jovem Guilherme Kauan Poffo sugeriu que as redes de ensino públicas e privadas ofereçam curso de primeiros socorros para que os alunos tenham noções sobre o tema e possam ajudar outras pessoas.

Responsabilidade financeira

A Isadora Telles Ferreira Schmitt apresentou um projeto para que a educação financeira fosse obrigatoriamente ensinada nas escolas. Segundo ela, o projeto ensinaria as crianças desde pequenas a importância de se administrar o dinheiro e evitar gastos desnecessários, além de ter mais responsabilidade financeira.

É isso aí, pessoal! Mesmo ainda muito jovens, os estudantes demonstram que sabem direitinho o que pode ser feito para melhorar o Brasil.


 

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