Com 200 anos, completados em junho de 2018, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, é o mais antigo do Brasil. É a mais antiga instituição científica do país, com grande importância para a história e a ciência do continente e do mundo. A maior parte dessa história foi perdida na noite do dia 02 de setembro de 2018, num grande incêndio.
História que vira cinza
Criado por Dom João VI, o Museu Nacional funcionava num prédio belíssimo na Quinta da Boa Vista, que já abrigou a família real. O museu contava com um acervo de 20 milhões de itens. Entre eles uma coleção egípcia, obtida por Dom Pedro I; uma coleção de vasos gregos; o mais antigo fóssil humano do país, chamado Luzia, que tinha em torno de 11 mil anos; o diário da Imperatriz Leopoldina, entre outras peças. O edifício era tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
Além disso, no local foi assinada a independência do Brasil pela Imperatriz Leopoldina, coincidentemente no mesmo dia 2 de setembro, mas no ano de 1822. Na época ela havia sido nomeada como Princesa Regente Interina do Brasil, após a ausência de Dom Pedro. O local também sediou a primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso do museu, em 1892.
Tristeza nacional
O sentimento da nação brasileira com o incêndio é de comoção e tristeza pelos 200 anos de história e ciência que se tornaram cinza. O museu sofria há alguns anos com a falta de verba suficiente para manter o local em condições adequadas.
Cientistas, historiadores e a população ainda não conseguiram dimensionar o exato valor dessa perda para o país. Talvez porque seja uma perda sem dimensões.
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legal
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