Uma capa para a Constituição

Ilustração. Fundo azul com rajadas em tom de azul mais claro. No centro, um desenho da Constituição. Á sua esquerda, um desenho do apresentador, que tem a forma de um papel branco, cabelo preto. Veste cinto, está com o microfone na mão. À direita, um menina morena, com laço rosa no cabelo, saia lilás, lê o livro da Constituição.

Você sabia que a capa da nossa Constituição foi escolhida por meio de um concurso de designers? E que esse projeto foi realizado em 1988, a pedido do presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães?
Na época, cinco artistas plásticos participaram, e a ilustração escolhida foi a de Cosme Rocha, que segundo Ulysses, foi quem “apresentou a melhor imagem da nova Constituição”.

O desenho era o de uma bandeira na posição vertical, como se o Brasil estivesse nascendo de novo, sem faixas ou estrelas e representa o documento até hoje. Ulysses Guimarães adorou a proposta, que traduzia o surgimento de um novo País, simbolizada pelo círculo azul tal qual o sol no horizonte.

A visão do desenhista

No dia em que venceu o concurso, Cosme explicou: “Tentei mostrar uma nova visão, mais limpa, de uma bandeira sem estrelas e sem a faixa ‘Ordem e Progresso’. É uma imagem simples; a partir do momento em que a Constituição estiver em vigor, o brilho das estrelas acontece”. O artista também comentou a grande emoção que sentiu com a Constituinte, que teve a participação de índios e crianças.

“Via surgindo, a cada momento, um novo Brasil. É lógico que a nova Constituição não tem todas as conquistas que desejávamos, mas tenho certeza de que, a partir de sua promulgação, estará surgindo um novo momento para o País”. Ele disse, ainda, que traduziu o que a nova Constituição representava para o Brasil: a esperança! O desenho de Cosme ilustrou a oitava Carta Magna brasileira.

E você? Se fosse desenhar uma capa para nossa Constituição, como ela seria?


 

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