Era uma vez, em uma época bem distante, um mundo onde não existia literatura só para as crianças. Pode até parecer um pouco estranho, mas durante muito tempo, crianças e adultos só se diferenciavam em tamanho e força. Usavam o mesmo tipo de roupa e dividiam ambientes sociais e de trabalho. Até bem pouco tempo, as crianças não passavam de adultos em miniatura.
O pai da literatura infantil
Se a criança era tratada como adulto, o que explica a existência de livros infantis já no século 17? Para entendermos onde e como surgiu esta literatura especializada, temos que falar do francês François Fénelon. Foi ele que deu o pontapé inicial ao escrever história com o intuito de ensinar moral às crianças.
Já ouviu falar em moral da história? Pois as histórias de Fénelon tinham mocinhos e vilões bem definidos justamente para deixar bem claro quais comportamentos eram bons e deveriam servir de exemplo e quais eram maus e deveriam ser ignorados.
Apesar do francês ter começado o movimento, quem ficou conhecido como pai da literatura infantil no mundo foi Charles Perrault. Em 1697, o autor apresentou às crianças histórias como A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, Cinderela e Pequeno Polegar. Foi ele o responsável por estabelecer as bases para os contos de fadas e suas histórias foram eternizadas, passando de geração em geração.
Mais tarde, no século 19, os irmãos alemães Jacob e Wilhelm Grimm aumentaram o repertório de contos de fada acrescentando a ele clássicos como João e Maria e Rapunzel.
Além deles, também marcaram seus nomes na literatura infantil o italiano Collodi, com Pinóquio; o inglês Lewis Carrol, com Alice no país das maravilhas; o americano Frank Baum, com O mágico de Oz; o dinamarquês Hans Christian Andersen, com O patinho feio e A pequena sereia; o escocês James Barrie, com as aventuras de Peter Pan.
No Brasil
Por aqui, o responsável por obras infantis inesquecíveis foi Monteiro Lobato. O escritor paulista deixou um legado que ultrapassa gerações e que cativou não só crianças, mas também adultos. Uma de suas obras mais conhecidas é o Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Além dele, merecem destaque no cenário nacional as escritoras Ruth Rocha, Ana Maria Machado e Marina Colasanti. As três autoras colecionam premiações importantes em literatura infantil – Ana Maria Machado, por sinal, é membro da renomada Academia Brasileira de Letras!
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