Uma expedição britânica veio à cidade de Sobral em 29 de maio de 1919, a fim de observar e fotografar o eclipse total do Sol. O objetivo era comprovar a Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein. Mas, para tudo dar certo, foi necessária uma intensa colaboração internacional. Do lado britânico, vieram os cientistas Andrew Crommelin e Charles Davidson, sob a coordenação do astrônomo Arthur Eddington.
Do lado brasileiro, quem os recebeu foi a equipe comandada pelo engenheiro, astrônomo e professor de física experimental Henrique Morize.
Na missão para a observação do eclipse em Sobral, em 1919, o então diretor do Observatório Nacional garantiu todo o suporte para o transporte e a instalação dos equipamentos de alta precisão da equipe britânica. Ele ainda supervisionou a montagem de uma estação meteorológica no local.
Francês naturalizado brasileiro, Henrique Morize fez muito pelo desenvolvimento da ciência em nosso país. Ele esteve à frente do Observatório Nacional de 1908 a 1929, tendo sido fundador e presidente da Sociedade Brasileira de Ciências (hoje Academia Brasileira de Ciências) de 1916 a 1926. Até mesmo da Comissão Exploradora do Planalto Central, para a delimitação da área da futura capital Brasília, ele participou!
Morize morreu em 1930, aos 69 anos. Em sua homenagem, a Academia Brasileira de Ciências criou uma medalha para premiar indivíduos ou instituições que realizem ou tenham realizado contribuições expressivas para o desenvolvimento da ciência brasileira.
Com informações das revistas Galileu, Ciência Hoje e Brasiliana (Fundação Oswaldo Cruz) e dos sites da Academia Brasileira de Ciências e do Museu de Astronomia e Ciências Afins.
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