Câmara Mirim 2019 – Ana Luiza quer proteger as abelhas

Ana Luiza Silva Rosa tem 15 anos e grande interesse em assuntos relacionados à terra. Ela é uma das três estudantes que virão a Brasília defender os seus projetos como deputadas mirins, nos dias 24 e 25 de outubro.

O avô paterno de Ana Luiza tem uma roça onde cultiva vários produtos sem o uso de agrotóxicos e que serve para a estudante fazer algumas observações. “Dá para perceber a diferença dos produtos que usam agrotóxicos dos que não usam. O tempo que eles duram na geladeira. A alface de mercado fica uma semana. A do meu avô dura até duas semanas, é mais verde, você come até sem tempero, come com gosto”, diz a estudante que pretende fazer Agronomia.

Quando o diretor da Escola do Legislativo da Câmara de Varginha, Robson Almeida, sugeriu que os alunos criassem um projeto de lei para o Câmara Mirim, ela relacionou seu interesse com uma reportagem que tinha visto recentemente sobre a importância das abelhas. “Comecei a pesquisar o que estava causando a morte e desaparecimento das abelhas. Aí vi que um dos principais fatores era a utilização de agrotóxicos”, explica. Ana Luiza ficou bastante surpresa por ter seu projeto selecionado. “Pensei que ele seria descartado, porque estou pedindo para reduzir o uso, e neste ano já foram aprovados mais de 190 tipos de agrotóxicos. Por isso, quando recebi a notícia, fiquei extremamente feliz e também extremamente surpresa”, conta.

O projeto de Ana Luiza prevê uma redução gradual no uso de agrotóxicos, além de exigir que produtores rurais em grande escala disponibilizem parte da propriedade para o desenvolvimento das colônias de abelhas, que são importantes polinizadoras.

Confira no vídeo a seguir o que ela contou para o Plenarinho:

Aluna do 9º ano da Escola Estadual Pedro de Alcântara, em Varginha (MG), Ana Luiza está bastante animada para as discussões no Câmara Mirim. “Espero que o nervosismo não tome conta de mim. Fora isso, acredito que vai ser um grande debate, com boas discussões tanto do meu projeto quanto dos das outras meninas”, avalia.

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