Em 5 de março, é celebrado o Dia Nacional da Música Clássica. A data foi escolhida para homenagear um dos maiores músicos nascidos no Brasil: o maestro Heitor Villa-Lobos (1887-1959).
Com apenas seis anos de idade, Heitor Villa-Lobos começou a tocar instrumentos musicais. Primeiro clarinete e violoncelo (na verdade, uma viola adaptada pelo pai para ele), depois violão e piano. Sempre rodeado por música – e com uma curiosidade ímpar por sonoridades diversas – o carioca se tornou um dos maiores compositores da nossa história.
O pai, Raul Villa-Lobos, teve um papel fundamental na sua carreira. Além de ter ensinado a ele os primeiros acordes no violoncelo, era exigente nos exercícios de percepção musical. Contam que quando um copo quebrava, ou um passarinho cantava, Raul logo perguntava para o filho qual tinha sido a nota musical.
Diversidade sonora
Villa-Lobos seguiu pelo resto de sua vida com essa atenção apurada para os sons que o rodeavam. Morou na França e na volta de sua temporada na Europa, ele viajou pelo interior do Brasil para conhecer as diferentes sonoridades do país. Sua obra é resultado da fusão do erudito com o folclórico e o popular.
Tuhú, como era chamado na infância, desenvolveu o maior projeto de Educação Musical do país, com cursos de formação para professores e instituição do ensino obrigatório de música e canto orfeônico nas escolas. Villa-Lobos também fez arranjos para uma série de cantigas de roda e temas folclóricos de domínio público.
O maestro e compositor faleceu em 1959, deixando mais de 2000 obras, entre concertos, choros, sinfonias, óperas e até trilhas para filmes.
Confira o vídeo que a Turma gravou com os estudantes do Centro de Ensino Fundamental 11, do Gama.
Professor, você já trabalhou alguma música de Villa-Lobos com seus alunos?
O Trenzinho do Caipira é uma boa dica. Nessa obra, composta por Villa-Lobos depois de excursionar por 54 cidades do interior paulista, ele reproduz o movimento e os sons de uma locomotiva com os instrumentos da orquestra. Com os olhos fechados, os estudantes podem apreciar a música, perceber cada instrumento e os movimentos do trem. Depois, podem comentar (desenhar ou escrever também vale!) quais instrumentos reconheceram e o que sentiram durante a audição.
É possível ainda pedir para os estudantes pesquisarem outros compositores/ obras que misturam sons diferentes ou inusitados.
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