A palavra “Páscoa” tem origem incerta. Há quem diga que tem raízes egípcias, há os que defendem que é siríaca. Em ambos os casos, o sentido é diferente daquele que conhecemos hoje e que foi adquirido no hebraico bíblico (Pessach) “passagem”.
As origens da Páscoa
A Páscoa celebra a saída dos hebreus do Egito, onde passaram mais de 400 anos em servidão. A tradição judaica nos diz que um anjo da morte foi enviado para eliminar os filhos mais velhos de todas as famílias no Egito, exceto aquelas que marcassem suas portas com sangue de cordeiro. Nessas casas, o anjo destruidor “passaria por cima”, poupando os primogênitos. Daí a palavra “passagem”. Após esse acontecimento, o faraó egípcio libertou o povo de Israel.
Para os cristãos, é uma das datas mais importantes do ano, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo, que morreu na Sexta-feira Santa e voltou à vida no Domingo de Páscoa.
Há historiadores que acreditam que a festa teve origem há milhares de anos atrás, na Europa, quando algumas sociedades festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Por isso o nome Pessach ou Passover (vida nova) também usado para se referir à festa do início da colheita dos cereais e da chegada da nova estação.
A Páscoa não tem data fixa
O domingo de Páscoa não é uma data fixa. Ele acontece todos os anos entre os dias 22 de março e 25 de abril e é comemorado no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio de março. O equinócio é o ponto da órbita da Terra em que se registra uma igual duração do dia e da noite.
Mas há uma maneira mais fácil de saber quando vai ser o dia do mês do domingo de Páscoa. Basta contar 46 dias a partir da Quarta-feira de Cinzas (último dia do Carnaval).
E o coelho?
A festa tradicional da Páscoa está associada à imagem do coelho. Você sabe por quê? Conta uma lenda que uma mulher pobre pintou alguns ovos de galinhas e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. O ninho foi colocado pela mulher num cantinho da sala de sua casa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo e as crianças viram. Daí, espalhou-se então a história de que o coelho é que havia trazido os ovos.
Outra lenda diz que a origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é vida nova, renascimento, nada melhor do que a imagem dos coelhos para simbolizar a fertilidade!
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700.
Chocolate: o ouro negro
Quem aí sabe o que é “Theobroma cacao“? Pois este é o nome científico dado pelos gregos ao chocolate, considerado o “alimento dos deuses”. Quem o batizou assim foi o botânico sueco Linneu, em 1753. Já para os Maias e os Astecas o chocolate era considerado sagrado, como o ouro.
Na Europa, o chocolate chegou por volta do século XVI, tornando-se rapidamente popular. Era feito da mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. Nesse tempo, o chocolate era consumido apenas como uma bebida.
Em meados do século XVI, acreditava-se que o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldados. O chocolate já foi considerado um pecado e também, remédio, ora sagrado, ora alimento profano (não-sagrado). Para você ter uma ideia, os astecas chegaram a usar o chocolate como moeda, tal o valor que o alimento possuía. Já pensou?!
Somente no século XX é que os bombons e os ovos de Páscoa foram inventados.
Fontes: Globo.com; Agência Globo; CH; Ciência Hoje Online; Kidcafé-Escola; Portal Terra; Portal Coelho da Páscoa.
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