Letrus, um software brasileiro que usa a tecnologia para desenvolver as habilidades de escrita, foi um dos vencedores do Prêmio Rei Hamad Bin Isa Al-Khalifa 2019, concedido pela Unesco. Foi a primeira vez que uma iniciativa nacional foi escolhida neste concurso sobre Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação. O tema desse ano foi a aplicação da Inteligência Artificial para inovar na educação, ensino e aprendizagem.
Na plataforma online do Letrus, os estudantes escrevem seus textos e recebem revisões imediatas, com orientações específicas sobre sua escrita, com correções, notas e uma proposta de desenvolvimento individual. Paralelamente, o professor recebe dados e análises que indicam o desenvolvimento de toda turma e de cada aluno, além de material de apoio pedagógico. Desta forma, pode-se otimizar o tempo dos educadores, facilitando “seu papel como gestores da aprendizagem”, explica um dos sócios-fundadores da empresa Letrus, Thiago Rached.
Mais de 65 mil estudantes já utilizaram o programa em todos os estados brasileiros, em mais de 400 escolas. Mas o reconhecimento da Unesco veio especialmente pela parceria da empresa com a Secretaria de Educação do Espírito Santo, onde 121 escolas da rede estadual usaram o software, em 2019, para aprimorar a escrita de com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e para preparar estudantes da 3ª série do Ensino Médio para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
História
Em 2009, o professor de Língua Portuguesa Luís Junqueira propôs trabalhar a escrita de um livro com seus estudantes, ao longo do ano, na Escola Castanheiras (SP). O projeto “Primeiro Livro” deu tão certo que foi levado a outros colégios públicos e particulares, além da Fundação Casa. Em 2015, cerca de 25 jovens internos escreveram e publicaram seus livros!
Para facilitar o acompanhamento do que era escrito da escrita dos textos, o professor começou a usar ferramentas tecnológicas. “Conforme o Primeiro Livro ia se expandindo, ficava cada vez mais visível a dificuldade de acompanhar a quantidade enorme de textos escritos pelos dos alunos. É bem complexo gerir tanta criatividade. E a tecnologia surge daí”, conta Luís Junqueira. “A Letrus é a filha tecnológica do Primeiro Livro”, resume o educador e sócio-fundador da empresa.
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2 Comentário(s)
Interessante! além de permitir ao interno a aprender a ler e a escrever, permite também a expor o que pensa sobre seu ponto de vista. Através da elaboração de um livro, da a ele a oportunidade de se tornar um verdeiro cidadão conhecedor de seus direitos e deveres, tornando assim, uma pessoa mais humana.
Com certeza, José Gonçalves! Obrigado por seu comentário! Abraços da Turma!
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