A poluição atmosférica e suas consequências

Até cerca de 150 anos atrás, a poluição do ar não era um problema. Antes da era industrial e de os carros se tornarem a principal forma de locomoção de muitas pessoas pelo mundo, o ar era puro e limpo.

Hoje em dia, nossos narizes, olhos e pulmões sofrem com o ar poluído.E ele não prejudica só as pessoas e os animais, mas também as árvores e outras plantas. Em alguns lugares, chega a causar dano às colheitas dos agricultores – ao alimento que comemos! Por isso é importante “limpar a sujeira que fizemos”, despoluindo o ar que todos nós respiramos.

O que é poluição atmosférica?

É a contaminação do ar com gases poluentes. Isso pode acontecer devido a um evento da natureza como, por exemplo, cinzas e gases emitidos por vulcões em erupção. Mas o maior impacto tem sido causado pela ação humana, com a queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral) ou recicláveis (lenha, álcool, etc.). Queimadas e desmatamento também liberam uma quantidade considerável de gases poluentes. Até mesmo a pecuária causa problemas – sabia que bovinos liberam metano, um gás altamente poluente, quando fazem sua digestão?

Efeito estufa

Uma das consequências da poluição do ar é o efeito estufa. Aliás, sabe o que é uma estufa? É uma construção feita para o cultivo de flores e outras plantas que precisam de bastante calor. Os raios do sol atravessam as suas paredes, que são transparentes, e o seu calor fica retido ali dentro.

A Terra é rodeada por uma camada de gases invisíveis (como o dióxido de carbono), que atua como as paredes de uma estufa. Os raios do sol a atravessam e parte do seu calor fica retido, mantendo a superfície do planeta quentinho. Isso é fundamental para garantir a vida no planeta!

Mas a intensa produção de gases poluentes impede o calor de se dispersar, aumentando muito a temperatura da Terra. É o chamado efeito estufa que, por sua vez, causa o aquecimento global.

Não parece tão grave um calorzinho a mais, não é? O problema é que, se a temperatura da Terra aumentar, mesmo que uns poucos graus, isso mudará muito o clima de todo o planeta.

Lugares quentes se tornarão insuportáveis para se viver; e os frios ficarão mais quentes, como tem acontecido nas calotas polares. O derretimento do gelo levará animais como os ursos-polares à extinção. E, com o aumento do nível das águas dos oceanos, cidades costeiras podem ficar submersas.

O aumento do calor pode inviabilizar, até mesmo, a agricultura, ao mudar o regime de chuvas nas áreas de cultivo.

E o tal buraco na camada de ozônio?

Lá no céu, acima do ar que respiramos, há uma camada de um gás chamado ozônio. Ela nos protege, bloqueando os raios do sol que podem fazer mal à nossa pele, e deixando passar os raios que são bons para nós.

A camada de ozônio também está sofrendo as consequência da poluição do ar. Os gases chamados de CFCs e halóides, os que são usados em aerossóis, geladeiras, extintores de incêndio, condicionadores de ar e espumas plásticas, entre outras coisas, flutuam para o alto da atmosfera e ‘devoram’ o ozônio.

O temido ‘buraco’ na camada de ozônio se tornou uma preocupação tão grande que, em 1987, 24 países assinaram o Acordo de Montreal, limitando a aplicação dos CFCs. Em 2010, este tipo de produto químico foi completamente banido, exceto da China.

Em 2016, um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) mostrou que a camada de ozônio está se recuperando. Se seguirmos cuidando, ela pode estar totalmente recuperada até a década de 2060.

Tudo resolvido então?

Não! Lembra dos gases do efeito estufa? Se a emissão não diminuir, o efeito estufa pode causar uma distribuição desigual do ozônio e, com isso, algumas áreas do planeta ficarão menos protegidas, como é o caso das regiões tropicais (o que inclui o Brasil), do Ártico e das áreas de latitudes médias – onde ela já é menos densa.

O que cada um de nós pode fazer para ajudar?

DIMINUIR O CONSUMO DE CARNE E LEITE DE ORIGEM BOVINA: no lugar deles, consuma outros tipos de carne ou grãos, como feijões, lentilhas, grão-de-bico, soja, ervilha…

ANDAR MENOS DE AUTOMÓVEL, já que a queima da gasolina e do diesel, por exemplo, é uma das causas do aquecimento global. Dê preferência ao transporte público, à bicicleta ou passeie a pé.

REPENSAR HÁBITOS DE CONSUMO: a fabricação de qualquer produto causa a emissão de gases de efeito estufa. Por isso, antes de comprar um produto novo, reflita: não dá para reaproveitar algo que você já tem ou consertar o que está quebrado?

COMBATER O DESPERDÍCIO À MESA: restos de comida, depositados em lixões ou aterros, emitem gás metano ao se decomporem. Sabia que cerca de um terço dos alimentos que os brasileiros compram vai parar no lixo? Quem evita o desperdício também economiza dinheiro!

SEPARAR OS RESÍDUOS PARA RECICLAGEM: deixar de jogar no lixo o que pode ser reciclado é uma importante ação para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Separe os resíduos na sua casa e convide seus amigos a fazerem o mesmo. Ah, se puder, compre produtos feitos com materiais reciclados ou recicláveis. Assim, você ajuda a fortalecer esta corrente mais sustentável.

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