História do Cinema

Quem não curte um bom filme com pipoca no final de semana? É bom demais! Mas a gente nem imagina que a própria história do cinema daria um filme!

O interesse humano em registrar movimentos é muito antigo. Desde os tempos das cavernas, com pinturas de caçadas feitas nas rochas, até o teatro de sombras na China, por volta do ano 5.000 a.C.. Mas foi só no final do século XIX que foram registradas as primeiras imagens em movimento, criadas a partir de fotografias.

A captação de imagens em movimento começou mesmo no final do século XIX, com as primeiras experiências com aparelhos que gravavam imagens.

Os aparelhos

Câmara escura: foi um princípio pensado por Leonardo da Vinci ainda no século XV. Porém, somente no século seguinte, o físico italiano Giambattista Della Porta conseguiu projetá-la. Tratava-se de uma caixa fechada, com um pequeno buraco coberto por uma lente. Através desse orifício, entravam os raios de luz que iluminavam os objetos no exterior da caixa. Enquanto isso, no fundo da caixa, era possível ver a imagem invertida.

Daguerreótipo: Foi o primeiro equipamento capaz de gravar imagens permanentes por meio da captação de luz. Ele foi criado por Louis-Jacques Daguerre a partir dos estudos de Joseph Nicéphore Niepce. Era uma caixa de madeira enorme! Em um dos lados, havia um furo e uma lente protegida por uma tampinha. Dentro, era colocada uma placa de cobre banhada com uma fina camada de prata. Quando a tampinha da lente era aberta, a placa de cobre ficava gravada com a imagem do exterior.

Fenacistoscópio: nome esquisito, né? Ele foi criado em 1832 pelo físico belga Joseph-Antoine Plateau, que pesquisava quanto tempo a imagem ficava em nossas retinas. Ele notou que, para que os olhos conseguissem ter a percepção de movimento, era necessário que dez imagens se sucedessem por segundo. Seu aparelho consistia em um disco com várias figuras desenhadas em posições diferentes. Quando girado, ele criava a ilusão de haver uma só imagem se movimentando.

Fuzil fotográfico: foi desenvolvido em 1878 pelo fisiologista francês Étienne-Jules Marey. Era constituído de um tambor forrado com uma chapa fotográfica dentro. Ele chegou a esse aparelho por meio das experiências desenvolvidas pelo inglês Edward Muybridge, que instalou 24 câmeras fotográficas em uma pista de corrida de cavalos. À medida que o animal passava pelos fios que ficavam na pista e eram ligados às câmeras, estas eram disparadas e tiravam as fotos.

Cinestoscópio: outra palavra difícil! Foi criado pelo norte-americano Thomas Edison, que inventou também o filme perfurado – assim, o filme podia rodar e dar a ideia de movimento. Em 1890, ele rodou uma série de filmes em seu estúdio, mas eles não eram projetados em uma tela, e sim vistos através do aparelho, por um espectador de cada vez.

Cinematógrafo: foi criado em 1895, pelos irmãos Auguste e Louis Lumière. Era uma espécie de filmadora e, movido à manivela, podia passar o filme como uma sucessão de imagens, substituindo a ação de várias câmaras fotográficas. O cinematógrafo também permitia a projeção dos filmes na telona.

A primeira apresentação pública do cinematógrafo foi no dia 28 de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris. Os primeiros filmes eram mudos e bem simples, apenas com a câmera fixa, e em geral curtos documentários (filmes que registram, interpretam e comentam um fato, um ambiente, ou determinada situação).

O cinema falado

As primeiras experiências para a sonorização dos filmes datam de 1896, mas foi somente em 1907 que o americano Lee de Forest desenvolveu um aparelho que permitiu que o som e a imagem fossem sincronizados, ou seja, passassem ao mesmo tempo. Seu aparelho de gravação foi comprado pelo estúdio Warner, em 1926.

O primeiro filme com música e efeitos sonoros sincronizados é “Don Juan”, de Alan Crossad, de 1926. Antes do cinema falado, havia uma orquestra em cada sessão de cinema, que fazia o som do filme ao vivo.