O que é metaverso

Ilustração. O fundo é o espaço sideral. No canto superior esquerdo aparece o planeta Saturno em tons de amarelo. Um pedaço do planeta Terra cobre quase todo o resto da imagem, principalmente a parte inferior. Em frente ao desenho da Terra, aparece Zé Plenarinho. Ele usa fones de ouvido e uma máscara de realidade virtual cinza, que tapa os olhos. Do lado do Zé estão Adão e Vital, mas eles aparecem quase transparentes, como se não estivessem mesmo ali.

 

Desde que Mark Zuckerberg anunciou que mudaria o nome da empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp para Meta, uma referência a ‘metaverso’, o mundo da tecnologia voltou seus olhos para esse conceito.

Mas o que é metaverso? A primeira vez em que essa expressão foi usada foi em 1992, num livro de ficção científica chamado “Snow Crash”, de Neal Stephenson. Nele, o protagonista da história é um simples entregador de pizzas que, no metaverso, é um príncipe samurai capaz de enfrentar os inimigos mais perigosos.

E o que seria o metaverso de que falam as empresas de tecnologia? É uma espécie de universo virtual em 3D em que as pessoas vivem experiências de imersão. Já assistiu ao filme “Matrix”, em que os personagens se conectam e vivem em uma dimensão paralela? É mais ou menos por aí. Equipamentos podem tornar a experiência mais realista, como óculos de realidade virtual e “tecnologia vestível” – luvas, pulseiras e outros acessórios que podem dar a sensação de tato e a possibilidade de ‘manusear’ coisas.

Ficção científica? Futuro distante? Nem tanto. Gigantes da tecnologia, como a Microsoft e a atual Meta já estão trabalhando nessa direção. Além disso, você – ou provavelmente alguém que você conheça – já pode ter jogado algum game que gera uma experiência de metaverso, como Minecraft, Fortnite e Roblox. Neles, há, sim, desafios a cumprir. Mas é possível simplesmente encontrar e interagir com amigos fisicamente distantes.

Metaverso só serve para game? Por enquanto, é a principal aplicação. Mas pense nas possibilidades de uso para a educação, por exemplo. Com a pandemia, foi preciso ficar em casa para evitar o risco de contágio pela Covid-19. A interação entre professores e estudantes, quando ocorria, ficava restrita às telinhas de computador. Mas imagine – e se pudéssemos nos encontrar em salas de aula virtuais em que pudéssemos interagir como nas escolas físicas? E se pudéssemos fazer excursões a museus e exposições fora do Brasil sem precisar sair das nossas cidades? Imagine fazer um trabalho em grupo em que os participantes podem estar em qualquer lugar no planeta. As possibilidades são infinitas!

Por enquanto, esse admirável mundo novo ainda esbarra em muitos obstáculos, como a falta de acesso à internet de qualidade para todos. Segundo dados divulgados em abril de 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 17,3% dos domicílios brasileiros não têm acesso à internet. Além disso, os equipamentos de realidade virtual ainda são muito caros e desajeitados. Por fim, depois de quase dois anos privados de contato real, quem quer se encontrar virtualmente com outras pessoas?

Mas é bom já começarmos a ligar nossas antenas em direção a esse futuro – nem tão novo, nem tão longe de se tornar realidade, ainda que virtual.

 

Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

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