O que é Libras?

Sabia que cerca de 5% da população brasileira têm deficiência auditiva? Segundo dados do IBGE, são mais de 10 milhões de pessoas. E, deste total, 2,7 milhões têm surdez profunda – ou seja, não escutam nada ou quase nada.

Boa parte dessas pessoas se comunicam com uma língua baseada em gestos, criada aqui no nosso país e reconhecida por Lei (Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002): é a Libras, ou Língua Brasileira de Sinais.

É língua ou linguagem?

A Libras é uma língua que se vale de gestos, expressões faciais e movimentos corporais para se comunicar. Sabe a língua que os ouvintes usam, baseada nos sons das palavras? É parecido – só que, em vez de sons, usam-se sinais gestuais.

A Libras tem vocabulário e gramática próprios. E é diferente da língua de sinais usada por surdos em outros países. Se cada país tem sua própria língua falada, por que seria diferente com a língua gestual?

Usando a Libras, as pessoas surdas podem se comunicar entre si e com ouvintes que a dominam sobre qualquer assunto.

Como surgiu a Libras?

A Libras deriva da língua de sinais que já existia no Brasil e da Língua Gestual Francesa, trazida para cá pelo professor surdo Édouard Huet. Foi ele que fundou em 1857, a convite de Dom Pedro II, a primeira escola para surdos no Brasil – o antigo Instituto dos Surdos, atual Instituto Nacional da Educação de Surdos (INES).

O Plenarinho tem sinal próprio!

Na Libras, as palavras faladas dão lugar aos sinais gestuais. E os nomes próprios? Eles podem ser soletrados com o alfabeto de Libras. Mas, também, podem virar sinais próprios. Mas só uma pessoa da comunidade surda pode atribuir esse sinal. 

Funciona assim: após observar as características da pessoa e conversar com ela, o surdo a batiza com um sinal de identificação pessoal, que não pode ser alterado.

O Plenarinho teve a honra de ganhar um sinal próprio. Fomos batizados pelo professor de Libras e doutor em Linguística Falk Moreira. Nosso sinal combina os sinais de “Câmara dos Deputados” e “Crianças”.

Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

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