Manifestações populares – a participação política nas ruas

Uma forma importante de o povo influenciar as decisões políticas do País é realizar manifestações nas ruas.

Um dos maiores movimentos populares da História do Brasil tem o nome de “Diretas Já”. Aconteceu em 1983, quando milhares de pessoas foram às ruas exigir a volta das eleições diretas para Presidente da República, após anos de regime militar.

Participaram do “Diretas Já” inúmeros partidos políticos, lideranças sindicais, organizações civis, estudantes, jornalistas, artistas e 21 setores da Igreja Católica e de outras religiões. Era muita gente reunida em praças de todo o Brasil, pedindo eleições diretas. Para se ter uma ideia, no dia 16 de abril de 1983, um comício no Vale do Anhangabaú juntou uma multidão estimada em mais de 1 milhão e 500 mil pessoas!

Outro momento importante na história da participação popular foi o movimento dos Caras Pintadas, que marcou o ano de 1992. Estudantes de todo o Brasil pintaram o rosto de verde-amarelo, vestiram-se de preto e tomaram as ruas para exigir o impeachment (retirada do governo) do presidente Fernando Collor de Mello, acusado de corrupção.

Pressionados pela participação popular, os deputados votaram pela abertura do processo de impeachment do presidente. Enquanto o processo corria no Senado Federal, Collor renunciou ao cargo, em 29 de dezembro de 1992.

Em 2016, foi a vez de Dilma Rousseff ser afastada do cargo de Presidente após intensa pressão popular. As acusações foram de desrespeito à lei orçamentária. Quem completou o restante do mandato foi o vice-presidente, Michel Temer.

Manifestações populares também podem ter caráter antidemocrático. Foi o caso dos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A pretexto de se manifestar contra o governo eleito e recém-empossado, um grupo de pessoas invadiu, depredou e destruiu as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Um ato violento que acabou provocando um prejuízo enorme para todos nós.

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