A primeira heroína da Independência do Brasil

Joana Angélica de Jesus nasceu em Salvador/BA em 1º de dezembro de 1762. Seus pais eram pessoas ricas e importantes na capital baiana.

Desde cedo, a menina demonstrava vocação religiosa. Aos 20 anos, quando manifestou o desejo de ser freira, contou com todo o apoio da família. Ela ingressou no Convento Nossa Senhora da Conceição da Lapa e, no ano seguinte, se tornou Irmã Joana Angélica.

Em 1815, depois de exercer diversas funções no Convento da Lapa, tornou-se abadessa (o cargo mais importante da instituição), passando a ser chamada de Madre Joana Angélica. 

Coragem e sacrifício

O ano de 1822 começou convulsionado no Brasil. O movimento pró-Independência ganhava cada vez mais força. Sabendo da importância estratégica da província da Bahia na luta contra os revolucionários, Portugal decidiu concentrar seus esforços militares lá.

Em fevereiro daquele ano, tropas portuguesas comandadas pelo general Madeira de Mello tomaram Salvador. Com o pretexto de prender agentes pró-independência, invadiam e saqueavam edifícios, deixando para trás destruição e morte.

Na manhã de 19 de fevereiro, soldados investiram contra o convento de Madre Joana Angélica. Ao perceber que eles tentavam arrombar os portões, a religiosa ordenou que as freiras fugissem pelos fundos do terreno. Em seguida, postou-se diante deles, impedindo-lhes a passagem.

A tradição diz que ela gritou: “Para trás, bandidos! Respeitem a casa de Deus. Recuai, só penetrareis nesta casa passando por sobre o meu cadáver.” Se é verdade ou não, ninguém sabe ao certo, não há registros históricos desse fato.

Madre Joana Angélica foi morta pelos soldados a golpes de baioneta entre 11h e 12h de 19 de fevereiro de 1822. Por ter ousado resistir às forças portuguesas, tornou-se mártir e inspiração para quem lutava por um Brasil independente.

Heroína da Pátria

Em 2018, Madre Joana Angélica foi inscrita no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, exposto no Panteão da Pátria e da Liberdade, monumento localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília/DF. O Livro homenageia todos os homens e mulheres que se sacrificaram em defesa da liberdade e da democracia no Brasil.

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