Câmara Mirim 2017: educação inspira vários projetos

Durante a análise dos projetos de lei enviados ao Câmara Mirim 2017, pode-se observar que a educação no Brasil é uma preocupação da garotada. A maior parte dos projetos recebidos trata desse assunto e traz ideias bem legais para que as escolas fiquem cada vez melhores.

A equipe que analisou os projetos ficou impressionada com a qualidade das propostas. Muitos textos abordaram temas que já estão previstos em lei, o que não diminui em nada o valor das ideias dos estudantes. Ao contrário, chama a atenção para que o fato de existirem leis não são garantia de direitos cumpridos.

Recebemos ideias para garantir o acesso de todos a uma educação de qualidade, para que não faltassem professores substitutos, para que as escolas estivessem em boas condições, sugerindo entre outras coisas, salas de aulas climatizadas. Muitos projetos falaram de segurança nas escolas. Outros de escolas acessíveis em que os professores dominassem o Braille, da inclusão do ensino de libras na educação básica. Da necessidade de preparar os estudantes para o ensino médio, das escolas em tempo integral, da formação de professores que deveriam ter, pelo menos, um mestrado completo. Da permissão para usar novas tecnologias na escola (tablets, celulares e afins) e até da luta para que não excluam a geografia do currículo escolar. Todos eles mostram que meninos e meninas do Brasil não estão de olhos fechados para os problemas do país. Eles o reconhecem e são capazes de sugerir saídas.

Seria bom se todos pudessem ser aqui descritos. Como não há espaço para isso, abaixo destacamos a seguir algumas ideias inovadoras e que também podem ser inspiradoras. Afinal, já houve projeto do Câmara Mirim que acabou virando lei municipal! Vamos a elas?

Pensando no futuro

Uma das propostas prevê a criação de matérias que ensinem estudantes a desenvolver e gerenciar seu próprio negócio. A autora da proposta, Helena Aracema Ladeira, acha que é preciso preparar os jovens para as necessidades da nova realidade do mundo.

O Ryan Alves Rocha também pensou em matérias para preparar estudantes para o futuro. Ele quer que as finanças sejam ensinadas na escola. Para Ryan, “é extremamente necessário saber administrar os seus ganhos e, posteriormente, aplicá-los em investimentos que possam multiplicar o patrimônio familiar”. Visão de futuro, hein, galera?!

Outra tema que se destacou foi o ensino da política nas escolas. Isabel Helena Ramos quer que o assunto seja ensinado nas escolas, a partir do sexto ano. Para ela, isso vai formar cidadãos mais conscientes na hora do voto.

 

Cidadania na educação

A Bárbara Gomes se preocupou com as condições precárias de nosso país e fez um projeto que prevê que profissionais de qualquer campo, recém-formado em universidades federais, deverão prestar serviços na comunidade onde se formaram. Cada recém-formado deverá trabalhar durante 2 anos, por 4 horas semanais, junto a equipes multidisciplinares que atuarão em áreas de risco social.

Já a Isabela Giovana de Oliveira sugere que a escola reflita sobre os estereótipos presentes nos contos de fadas. Isabela quer saber se esses estereótipos têm algo a ver com o aumento da discriminação que a maior parte dos brasileiros sofre.

O Yuri Melo dos Santos escreveu o projeto Mais Amor, que visa explicar sobre a sexualidade e diversidade de gênero nas escolas, desde o primeiro ano do ensino fundamental até o ensino médio. Ele prevê uma cartilha para as pessoas se informarem que a homossexualidade é normal na sociedade e afirma que não se trata da produção de um “kit gay”. Ele destaca que a desinformação leva ao preconceito, tão comum nas escolas e no dia-a-dia do brasileiro.

A importância da Educação

Reconhecendo a importância da educação para o futuro do país, a Núbia Inês Amaral pensou numa proposta que prevê a Semana Nacional de Educação, a ser comemorada próximo ao dia do estudante, 11 de agosto. Núbia quer que, na semana, a escola faça uma parceria com a sua comunidade para discutir seus problemas e buscar soluções.

Maria Eduarda Rozanski pensou num projeto para pessoas com dislexia. Trata-se de um transtorno em que a pessoa tem principalmente dificuldade em reconhecer e soletrar palavras, o que atrapalha a aprendizagem.  Ela relata que os disléxicos precisariam de um professor para ler provas, por exemplo, e dá seu próprio exemplo ao falar de suas dificuldades pessoais. Para Maria Eduarda, seria ideal que os disléxicos tivessem um professor auxiliar em sala de aula.

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