A alegria gigante dos maiores foliões do Brasil

Uma das atrações da folia carnavalesca do Brasil são os famosos bonecos gigantes, conhecidos no carnaval de Olinda.

A tradição dos bonecões, no entanto, foi trazida da Europa no século XV (quinze) e entrou no País pela cidade de Belém do São Francisco, no sertão pernambucano. O primeiro boneco foi criado no carnaval de 1919. O Zé Pereira, como era chamado, tinha corpo de madeira e cabeça de papel machê. Em 1929, Zé Pereira ganhou uma companheira, a Vitalina.

Hoje os bonecos gigantes estão presentes em várias cidades do Brasil. O historiador Luis Câmara Cascudo, no livro Folclore Brasileiro, fala dos bonecos Paulino e Maria Angu que, até hoje, acompanham o Bumba-meu-Boi, no interior paulista. Eles também marcam presença na Festa do Divino Espírito Santo, em São Luiz de Piratininga e Guaratinguetá, no Vale do Paraíba.

De que são feitos

Olhando de longe e no meio da folia, talvez não dê para perceber direito… Mas os bonecões são gigantes mesmo: normalmente têm mais de três metros de altura e pesam até 13 quilos. O artista plástico Sílvio Botelho explica que na construção de um boneco é usado isopor, madeira, papel e fibra de vidro, além de bastante tecido.

Vida

Para os gigantes poderem cair na folia, é preciso que pessoas os carreguem. Geralmente, o artista que constrói o boneco é quem dá vida a ele. O folião carrega o boneco na cabeça apoiado em almofada que fica na base da estrutura de madeira. A cintura do boneco fica na altura dos olhos do carregador. Ele se orienta através de pequeno furo na calça do boneco ou do vestido da boneca.

Meia-noite e meio-dia

Em Olinda, existe um casal de bonecos gigantes! De quem estamos falando? Do Homem da Meia-Noite e da Mulher do Meio-Dia, pais do Menino da Tarde. O Homem foi criado em fevereiro de 1931 pelo marceneiro Benedito Barbaça e pelo pintor de parede Luciano de Queiroz. O Homem da Meia Noite original pesava cerca de 50 quilos e tinha três metros e meio de altura.

Muitos anos depois, surgiu uma companheira para o Homem da Meia-Noite. Em 1967, os foliões Rodolfo Medeiros e Luiz José dos Santos tiveram a ideia de criar a Mulher do Meio-Dia. Eles pediram então para o artesão Julião das Máscaras modelar a risonha boneca conhecida também como Monalisa. A boneca original tinha três metros e 40 centímetros de altura e pesava 40 quilos. Para fazer seu vestido foram gastos 24 metros de tecido, além muitos colares, brincos e enfeites de cabelo.

No carnaval de 1990, o Homem da Meia-Noite e a Mulher do Meio-Dia se casaram. O casamento, porém, foi um pouquinho complicado por causa do horário dos noivos…

Se você ficou com vontade de ver os bonecos ao vivo e em cores, após o Carnaval, eles ficam expostos o ano inteiro na Embaixada de Pernambuco – Bonecos Gigantes de Olinda, localizada na Rua do Bom Jesus, 183 no Recife Antigo.

Fontes: http://www.bonecosgigantesdeolinda.com.br/historia.php e Fundação Joaquim Nabuco

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