Alimentação é saúde!

“Alimentação é saúde”, já diziam nossas avós. E elas estão certíssimas: comer de forma equilibrada e saudável, combinado a praticar atividade física, estão entre as principais recomendações da Organização Mundial de Saúde.

Seguindo essa orientação, o Ministério da Saúde publicou, em 2006, o Guia Alimentar para a População Brasileira, que ganhou uma nova edição em 2014. O documento, fruto de muita pesquisa, foi elaborado em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) e com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/Brasil).

Ele é considerado um dos melhores do mundo pela ONU (Organização das Nações Unidas)! Países como o Canadá, a França, o Peru e o Equador se inspiraram em nosso Guia Alimentar para elaborar os seus.

Para que serve o Guia?

O Guia faz parte da Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Ele é um instrumento para “apoiar e incentivar práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo, bem como para subsidiar políticas, programas e ações que visem a incentivar, apoiar, proteger e promover a saúde e a segurança alimentar e nutricional da população”.

Em outras palavras, ele pode orientar desde as famílias que querem melhorar a sua alimentação, a escola que busca oferecer uma merenda mais saudável aos estudantes, até os órgãos públicos que pretendem desenvolver ações de saúde preventiva.

Valorização da alimentação tradicional

Durante a elaboração do guia, foi feita uma extensa pesquisa para saber como as pessoas no Brasil inteiro se alimentavam. E chegou-se a uma conclusão muito importante: nossa alimentação tradicional – o prato feito (ou PF) com arroz, feijão, vegetais refogados, salada e algum tipo de proteína animal – , é um ótimo exemplo de refeição completa, saudável e deliciosa! E, se tiver uma frutinha de sobremesa, melhor ainda!

E mais: a comidinha caseira, a refeição feita em família e saboreada com calma, tudo isso que as nossas avós tanto valorizam é comprovadamente o melhor pra nossa saúde, acredita?

A classificação Nova

A fim de facilitar a escolha de alimentos para compor as refeições, o Guia utilizou a classificação Nova, criada pelo Nupens/USP, que descreve os alimentos conforme o grau de processamento:

  • Alimentos in natura ou minimamente processados: são obtidos diretamente de plantas ou animais e podem passar por um processamento industrial mínimo, como a pasteurização, a refrigeração, a moagem ou o embalamento, por exemplo. É o caso dos grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes;
  • Ingredientes culinários processados: substâncias extraídas diretamente da natureza ou de alimentos in natura e que passam por processos como refinamento, prensagem ou trituração para que possam ser usados em outros preparos. É o caso do sal, do açúcar e dos óleos vegetais;
  • Alimentos processados: são feitos a partir de alimentos in natura com a adição de ingredientes culinários processados, a fim de se obter um terceiro produto. É o caso dos queijos (leite + sal + coalho), das frutas em calda (fruta + açúcar) e dos pães (farinha + sal + fermento);
  • Alimentos ultraprocessados: são alimentos que, além de processados, sofrem adição de corantes, conservantes e outros aditivos sintetizados industrialmente. É o caso das refeições prontas congeladas, dos refrigerantes e dos salgadinhos de pacote.

Dez passos para uma alimentação adequada e saudável

O Guia é bem extenso, mas suas orientações podem ser resumidas em dez recomendações:

  1. Dar preferência a alimentos in natura ou minimamente processados;
  2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades;
  3. Limitar o consumo de alimentos processados;
  4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
  5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
  6. Fazer compras em locais que ofereçam variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
  7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
  8. Planejar-se para dar à alimentação o tempo que ela merece;
  9. Quando fora de casa, preferir locais que servem refeições feitas na hora;
  10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas.

E aí, plenamigo, como é a sua alimentação? Será que você come rápido demais? Está faltando um verdinho no seu prato? Inspire-se no Guia e comece hoje mesmo uma vida mais saudável – uma garfada de cada vez!

Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

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