Pessoas com deficiência (ou PCD) são aquelas que têm algum impedimento de longo prazo, que pode ser físico, mental, intelectual ou sensorial (auditivo e visual), o qual, ao interagir com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
A falta de rampas ou de elevadores, de marcações no chão, de sinais sonoros, de escolas e material didático adaptados são só alguns exemplos de barreiras que atrapalham muito a vida destas pessoas. Mas existe outra barreira enorme, dolorida e talvez a mais difícil de lidar, que é o preconceito.
Com deficiência ou não, a verdade é que somos todos diferentes uns dos outros. Cabelos, cor de pele, de olho, peso, altura, habilidades, jeito de se comunicar, de andar…Quem é igual a quem neste mundão em que vivemos? Ninguém!
Por isso, pensando em contribuir para promover a boa convivência e comportamentos mais gentis e inclusivos entre as pessoas, o Plenarinho tem algumas dicas para você.
Se seu amigo ou alguém que você conhece for cadeirante ou tem dificuldade de locomoção
- Ao conversar com ele ou ela, tente se sentar, para que a pessoa não precise ficar olhando para cima o tempo todo;
- Lembre-se que a cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu corpo. Não se apoie na cadeira e não atrapalhe a movimentação das muletas ou bengala;
- Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda e, caso seja aceita, pergunte como deve agir. Cada um desenvolve suas próprias técnicas para subir escadas, por exemplo, e muitas vezes podemos até atrapalhar mesmo tentando ajudar. Pergunte e saberá como agir e não se ofenda se a ajuda for recusada;
- Se a pessoa quiser a sua ajuda com a cadeira, conduza com cuidado, prestando atenção para não bater em obstáculos ou em quem está na frente;
- Se parar para conversar com alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente para que a pessoa também possa participar da conversa;
- Se alguma pessoa com deficiência cair, ofereça-se imediatamente para auxiliá-la. Mas nunca faça nada sem antes perguntar se e como é a melhor maneira para ajudá-la;
- E, estacionar em vagas reservadas ou obstruir rampas, nem pensar.
Se for uma pessoa com deficiência visual
- Nem sempre as pessoas com deficiência visual precisam de ajuda. Se encontrar alguém que pareça estar em dificuldades, aproxime-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu auxílio;
- As cores das bengalas indicam grau de deficiência visual. A bengala branca indica que a pessoa é cega. A verde é de quem tem baixa visão e a branca com vermelho indica que a pessoa é surda e cega;
- Se a pessoa aceitar sua ajuda, ofereça seu braço ou ombro para que ela segure. Assim, ela acompanha o movimento do seu corpo enquanto você anda. Nunca agarre-a pelo braço;
- Se estiverem em um corredor estreito, por exemplo, onde só cabe uma pessoa, coloque o seu braço para trás, de modo que a pessoa possa continuar seguindo você;
- Avise sempre que houver obstáculos, como degraus, pisos escorregadios ou buracos;
- Você deve ser muito claro ao explicar direções: “uns vinte metros à nossa frente”, por exemplo”;
- Algumas pessoas falam mais alto com pessoas com deficiência visual. Isso não faz nenhum sentido. Fale com seu tom de voz normal;
- Se encontrar um cão-guia, não brinque com ele, por mais fofo que seja. Ele tem a responsabilidade de guiar seu tutor que não enxerga e não deve ser distraído dessa função.
- Caso você encontre um cão-guia sozinho, tente segui-lo, pois ele pode estar buscando ajuda para seu tutor;
- Não se envergonhe de usar palavras como “veja” e “olhe”, pois as pessoas cegas as empregam com naturalidade;
- Se for se ausentar do ambiente, avise;
- Ao cumprimentar ou entregar algum objeto, toque delicadamente a mão da pessoa;
- E lembre-se: nem todo cego tem cão-guia, ou sabe usar o computador, ou sabe ler braille.
Se for uma pessoa com deficiência auditiva
- Não use a expressão “surda-muda”. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar;
- Algumas sabem falar e fazem leitura labial, outras não; algumas sabem se comunicar em libras, outras não; algumas sabem ler e escrever, outras não;
- Ao falar com ela, acene ou toque levemente em seu braço para que ela volte sua atenção para você. Posicione-se de frente para ela, deixando a boca visível para que ela possa fazer a leitura labial, se souber. Fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas sem exagero. Fale na altura e na velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar;
- Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual. Se você desviar o olhar, a pessoa pode achar que a conversa terminou;
- Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanhe em pedir para que repita. Geralmente, elas não se incomodam em repetir para que sejam entendidas. Se for necessário, comunique-se por meio de bilhetes. O importante é se comunicar;
- Lembre-se: ao se comunicar com uma pessoa com deficiência, fale diretamente com ela, e não com o seu acompanhante ou intérprete.
Se for uma pessoa com deficiência intelectual
- Aja naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência intelectual;
- Trate-a com respeito e consideração. Se for uma criança, trate-a como criança. Se for adolescente, trate-a como adolescente, e se for uma pessoa adulta, trate-a como tal;
- Não a ignore. Cumprimente e despeça-se dela normalmente, como faria com qualquer pessoa;
- Não exclua nem minimize a participação dela na conversa;
- Fale diretamente com ela, não com quem está junto dela;
Não superproteja a pessoa com deficiência intelectual. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder; - Se acha que a pessoa precisa de ajuda, ofereça e não insista. Se ela aceitar, pergunte como você deve auxiliá-la;
- Não subestime sua inteligência. As pessoas com deficiência intelectual levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas e valiosas habilidades intelectuais e sociais.
Com informações da Coordenação de Acessibilidade da Câmara dos Deputados
Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários
37 Comentário(s)
Por mais que se fale em inclusão, ainda temos muito que aprender neste sentido!
Com certeza, Edilaine! Abraços da Turma!
Sim. Muito a aprender.
com certeza há muito o que aprender ,pericialmente como lidar com a sociedade que vivemos
AS PESSOAS COM DEFICIENCIA PRECISAM SER RESPEITADAS. TRABALHO NA PESTALOZZI E PRESENCIO O QUANTO OS ALUNOS ESPECIAIS SÃO AMOROSOS, EDUCADOS. AS VEZES PENSO QUEM NÃO SAÕ NORMAIS SOMOS NÓS.
Pessoas com deficiência merecem todo o respeito, mesmo, Laura! Abraços da Turma!
É preciso por em prática no nosso cotidiano para que se torne realidade!!!
Com certeza, Rosana! Abraços da Turma!
Os direitos precisam ser garantidos na prática! Viva a INCLUSÂO!!!
Viva! 😀
Por mais que se fale em inclusão, que se discuta, que se apresente as leis ainda temos muito que aprender sobre esse assunto
Com certeza, Claudinéia! Abraços da Turma!
Independentemente de ter ou não deficiência todo ser humano deve ser tratado com respeito. Diferenças todos nós temos, portanto as pessoas com deficiências devem ter as mesmas possibilidades de acesso ao desenvolvimento pleno de suas habilidades! faz-se necessário sim um olhar atento para as barreiras que os impedem de avançar seja elas atitudinais, a acessibilidade, pedagógicas e sociais!
É isso aí, Cláudia! Abraços da Turma!
PRECISAMOS DE MAIS CURSOS PARA PODERMOS LIDAR EM SALA DE AULA.
SOU, MONOCULAR E SOFRO PRECONCEITO TODO DIA E SOU EXCLUIDA DO ANBIENTES ONDE CONVIVO. EU IGNORO CANSEI.
Oi, Cleonice! As pessoas são diferentes e têm características diferentes e não há problema nenhum nisso, como você já sabe. O problema é o preconceito e falta de informação. Sentimos muito que você ainda passe por isso e torcemos para que, cada dia mais, as pessoas se informem e abandonem comportamentos preconceituosos. Abraços da turma!
Todo ser humano tem seus direitos garantidos , cada um com sua deficiência, cada um é um ser único, porém os educadores devem ser preparados com cursos e formações salutares, materiais lúdicos, atividades adaptadas, ambientes apropriados e professores de sala de recurso para orientação.
É isso aí, Linda! Abraços da Turma!
Quem não convive com pessoas com deficiência tem muito aprender ainda.
A gente concorda em gênero, número e grau, Aparecida! Abraços da Turma!
Amando esse curso precisamos nos atualizar urgentemente para ajudar as crianças, jovens ou adultos com deficiência serem mais respeitados e menos estereotipados. Atualmente, há uma onda de crianças com dificuldades de fala e poucos profissionais para ajudá-las. Creio que haja uma falta séria de fonoaudiólogos. Isso faz com que crianças fiquem na fila a espera de um especialista que possa ajudá-la Gostei desse material está muito claro e traz muitas informações..
Que bom que gostou, Eva Terezinha. Ficamos muito felizes em saber. Abraços da Turma!
Essas dicas do curso para as pessoas que convivem com PCD devemos estar inserindo em nosso conteúdo como na prática pedagógica de nosso dia a dia.
É isso aí, Zenildo! Abraços da Turma!
Precisamos urgentemente sensibilizar os gestores de todas as instâncias, seja da Secretária Estaduais, municipais e Ministério da Educação, não somente os professores, mas toda comunidade escolar, se nao estaremos sempre “modelando em ferro frio”.
O conteúdo do curso nos desperta para o que deveríamos fazer no nosso cotidiano.
Que bom que você gostou, Danielle! Abraços da Turma!
Importantíssimo que essa inclusão já seja feita nos primeiros anos de vida do aluno na escola.
Deveria ser obrigatório a todo corpo docente, fazer um curso extra curricular abordando esse assunto
Com certeza, Cláudia! Abraços da Turma!
Concordo com vc
Ainda existem barreiras, mas é muito gratificante ver colegas interagindo de forma prazerosa com outro que tem deficiência.
Verdade, Claudia! Abraços da Turma!
Sou cadeirante com deficiencia auditiva.
Diria que — sem exagero — 95% das pessoas sentem, em relação a nós, uma de duas coisas: (i) Dó / pena / paternalismo; (ii) desprezo puro e simples.
Ademais, para a grande maioria das pessoas, somos absolutamente transparentes.
Pelo menos essa é a realidade aqui em Portugal.
Sentimos muito por isso. A ignorância é a raiz do preconceito, por isso, achamos tão importante que a sociedade toda debata sobre isso e tenha respeito por todas as pessoas, com deficiência ou não. Abraços da Turma!
Devemos sempre fala em Inclusão, pois é um assunto novo e não esgotou. Se fizermos mais pessoas entenderem o quanto é importante, logo tetemos resultados positivos.
Verdade, Cleusa! Abraços da Turma!
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