AIDS: todos contra o preconceito

Aids - Todos contra o Preconceito

Dia 1º de dezembro é o dia Mundial de Luta contra a AIDS. A data mobiliza milhões de pessoas ao redor do mundo na luta contra o vírus HIV e existe para despertar a população para a importância da prevenção.

AIDS é a sigla do nome em inglês da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida que, em português é chamada de SIDA. Trata-se de uma doença que afeta pessoas no mundo todo. E mesmo depois de todos os avanços no tratamento e da possibilidade de viver uma vida normal, ainda há muita discriminação contra quem tem a doença. A principal causa do preconceito é a falta de informação, porque muitas pessoas não sabem como o vírus é transmitido e morrem de medo de ficar doentes só por estar perto de quem tem a doença. Muitos rejeitam até um abraço de quem é portador do vírus HIV.

Outro motivo para a gente falar para você sobre a AIDS é que ela não afeta só adultos, há muitas crianças contaminadas. Você imaginava?! No Brasil, o número estimado é de 21 mil crianças com o vírus, segundo o UNICEF. Crianças que, como qualquer outra, têm sonhos e que adoram brincar!

A doença

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida? Eita, que nome grande! Imunodeficiência é o enfraquecimento do sistema de defesa do nosso organismo. Aquele que protege a gente contra invasores, como os vírus e as bactérias, principal causadores de doenças nas pessoas.

A AIDS é causada pelo vírus chamado Imunodeficiência Humana (HIV). Quando alguém tem Aids, o vírus HIV destrói as células de defesa do corpo (anticorpos) da pessoa, o organismo enfraquece e várias doenças podem se manifestar. O organismo deixa de combater as mais simples infecções. Até um resfriado pode matar quem tem a doença e não se trata. Papo sério, pessoal!

Como detectar o vírus?

Para saber se a pessoa tem o vírus HIV, é necessário fazer um teste de sangue em laboratório. O exame é gratuito e feito em segredo. Se a pessoa fez o exame e descobriu que tem o vírus, precisa rapidinho começar a se cuidar, tomando um coquetel de medicamentos. No Brasil, os remédios do coquetel são fornecidos gratuitamente a todos os pacientes.

Agora você deve estar se perguntando: se a doença é tão séria, por que os cientistas ainda não descobriram uma vacina contra o vírus HIV? Eles estão buscando. O problema é que o vírus é complexo, muda de acordo com o tempo e o tratamento. Mas especialistas do mundo todinho não desistem e continuam pesquisando uma saída. A descoberta de uma vacina é a maior esperança no combate à doença.

A Aids chegou ao Brasil há mais ou menos 30 anos. Na época, ninguém sabia como se pegava; então, o medo e o preconceito eram grandes entre as pessoas. Mas hoje em dia, isso não se justifica mais! Todo mundo já deveria saber que abraçar, beijar e dar um aperto de mão em quem tem a doença não é problema nenhum.

Como se pega AIDS

Só se pega a doença quando há um contato íntimo com a pessoa contaminada ou com o sangue dela. Isso acontece:

  • por meio do sexo sem camisinha;
  • uso de uma mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa;
  • por meio de instrumentos que furam ou cortam que não estejam esterilizados, como o alicate de unha;
  • e transfusão de sangue contaminado, por exemplo.
  • A mãe infectada também pode passar o HIV para o filho durante a gravidez – no parto e na amamentação.

Quanto a essas coisas, fique esperto e se cuide desde já, combinado?

Como não se pega AIDS

Beijo no rosto ou na boca, picada de inseto, sexo com camisinha, aperto de mão ou abraço e uso do mesmo sabonete, toalha ou lençóis não transmitem Aids. Nem se pega a doença pelo ar, sabe? Também não há o menor perigo quando alguém doa sangue, come com os mesmos talheres e copos do doente, usa a mesma piscina ou banheiro ou senta na cadeira de ônibus onde a pessoa contaminada se sentou.

De mãe para filho

Falamos que a mãe infectada pode transmitir a doença ao filho no parto ou na amamentação, não é mesmo? Essa é a principal forma de contágio da AIDS em pessoas com menos de 13 anos. Então, quer dizer que toda criança que é filha de pessoas com Aids também tem a doença? Não! Hoje já existem várias técnicas para evitar o risco dessa transmissão e dar mais segurança para a família.

A lição é a seguinte: Quanto mais cedo a futura mamãe portadora do vírus HIV começar a se cuidar, maiores são as chances de evitar a transmissão para o bebê. Os números do Ministério da Saúde comprovam que essa dica é quente. A taxa de transmissão do HIV pode chegar a 20%, ou seja, a cada 100 crianças nascidas de mães infectadas, 20 podem ter Aids. Mas com ações de prevenção da mãe, a transmissão pode diminuir para menos de 1%.

Preconceito na escola

Mesmo já tendo passado 30 anos que tudo começou, até hoje, crianças soropositivas (que possuem a doença) são tratadas como doentes, sofrem preconceitos, são excluídas de grupos de amigos! E o pior: algumas chegam a ser expulsas da escola. Isso é pura discriminação! Por isso a Turma do Plenarinho resolveu fazer parte da campanha contra o preconceito, contribuindo para o fim da desinformação.

A Turma acredita que, se questões como HIV e a AIDS fossem debatidas nas escolas, em casa e com os amigos, todo mundo saberia direitinho o que acontece com quem tem e o que é preciso fazer para se cuidar. Em pleno século XXI, não podemos deixar que a falta de informação comprometa a felicidade de brasileirinhas e brasileirinhos que só querem viver uma vida normal.

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