Monteiro Lobato

Ilustração. Fundo em tons de cor de laranja. No centro da imagem, um homem aparece dos ombros para cima e olha ligeiramentepara o lado direito da imagem. Ele tem cabelos grisalhos, curtos e penteados para trás. As grossas sobrancelhas escuras se juntam acima do nariz. Rugas aparecem abaixo dos olhos e dos lados do estreito bigode grisalho. O homem veste terno bege, camisa branca e gravata vermelha;

Narizinho, Pedrinho, Tia Nastácia, Emília – quem não tem esses personagens do Sítio do Pica-pau Amarelo no imaginário? E você sabe de onde surgiram histórias tão mágicas? Da cabeça de José Bento Renato Monteiro Lobato.

Ainda pequeno, o menino Monteiro Lobato devorava livros infantis na enorme biblioteca do avô, o Visconde de Tremembé. Nos primeiros anos em que começou a frequentar a escola, já escrevia contos para os jornais da instituição.

Ele também gostava de desenhar, mas acabou cursando Direito por insistência do avô. Depois de formado, começou a escrever e desenhar caricaturas para jornais. Em 1912, o jornal O Estado de S. Paulo publicou seu artigo, Velha Praga, que mais tarde seria Urupês, título do seu primeiro livro.

Nacionalismo

O escritor é conhecido pelo seu nacionalismo. Procurava levar para as crianças histórias de aventuras e personagens ligados à cultura brasileira, resgatando o folclore e as lendas urbanas. Também ensinava história, geografia, gramática, matemática e física nas suas obras infantis – 26, no total.

Foi traduzido para diversos idiomas, como francês, italiano, inglês, alemão, espanhol, japonês e árabe.

Em 1918, comprou a Revista do Brasil, revolucionando a forma editorial dos livros. As capas começaram a ser coloridas e atraentes. Logo fundou a editora Monteiro Lobato & Cia, depois chamada Companhia Editora Nacional.

Eugenia e racismo

Monteiro Lobato era assumidamente racista. Achava a miscigenação entre as raças a causa da degradação do Brasil. Ele defendia a eugenia, isto é, a seleção de características humanas ‘superiores’ para a geração de uma população ‘evoluída’ – em outras palavras, ele queria o enbranquecimento da população.

Não à toa, em sua obra, há muitos insultos de cunho racial direcionados a personagens negros, como Tia Nastácia, o Saci e Tio Barnabé.

Ao ler Monteiro Lobato, é muito importante ter consciência desse lado do escritor, e sempre lê-lo com olhos críticos para não deixar que se perpetuem ignorância e preconceitos.

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4 Comentário(s)

  • by Karem morghana postado 22/06/2018 19:05

    Vocês disponibilizam livros de monteiro Lobato?

    • by Turma do Plenarinho postado 02/07/2018 14:34

      Infelizmente não, Karem. Mas temos muitos materiais bem legais no site: revistinhas, animações, áudios etc. Abraços

  • by Aline postado 31/05/2019 19:25

    Bacana! Mas queria o conteúdo relacionado a Paulo Freire, que não abre, pois parece não estar disponível. Seria parte do empenho deste governo em destruir a imagem do maior educador brasileiro de todos os tempos e de maior reconhecimento no mundo inteiro?
    Não duvidaria. Melhorem!

    • by Turma do Plenarinho postado 31/05/2019 20:17

      Aline, temos tido alguns problemas técnicos com os links do nosso portal – especialmente com os dos posts que aparecem em “conteúdo relacionado” (se você tivesse tentado clicar nos outros posts dessa área, veria que todos estão inacessíveis). No entanto, se você buscar por Paulo Freire, vai ver que o post sobre ele está normal e acessível: https://plenarinho.leg.br/index.php/2017/09/paulo-freire-o-intelectual-amoroso/. Não temos intenção de destruir a imagem de quem quer que seja, ainda mais de Paulo Freire. Vamos trabalhar para solucionar este problema quanto antes.

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