Dia Internacional das Mulheres na Ciência

Fundo lilás, com uma tabela periódica centralizada. Légis à esquerda, Xereta à direita, ambas com uns óculos de lentes amarelas, seguram frascos com líquidos coloridos. Légis tem, em uma das mãos, uma pipeta. Os frascos estão apoiados em uma mesa.

O Dia Internacional das Mulheres na Ciência é celebrado em 11 de fevereiro. A data pretende destacar a contribuição feminina nos mais variados campos científicos, além de alertar para a importância de se estimular a presença de mulheres no meio acadêmico. Esse estímulo é necessário porque, ao longo da história, o acesso ao conhecimento e às pesquisas sempre foi mais difícil – ou até mesmo proibido – para elas. O reflexo disso ocorre até os dias atuais: dados da Unesco apontam que somente 28% dos pesquisadores e cientistas de todo o mundo são do sexo feminino.

“Nunca é demais lembrar que a presença efetiva das mulheres no espaço oficial da ciência é, em termos históricos, muito recente, alcançando algo em torno de um século apenas. Uma inclusão que exigiu das pioneiras coragem e muita perseverança para defrontar a tradição”, observa a vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Vanderlan Bolzani.

Vanderlan Bolzani destaca o nome da polonesa Marie Sklodowska Curie (1867-1934), primeira mulher a receber o Prêmio Nobel nas áreas de Física (1903) e Química (1911). “Marie Curie construiu sua trajetória com uma tenacidade admirável. Soube burlar as proibições de estudo superior para as mulheres no contexto de então, e conseguiu articular sua ida a Paris onde, anos depois, se inseriu nos grupos científicos que realizavam a pesquisa mais avançada em Física e Química na Europa e, portanto, no mundo. O reconhecimento ao seu trabalho científico se deve, principalmente, a ter desvendado uma nova área de conhecimento, a radioquímica”, explica Bolzani.

Brasileiras nas ciências

Conheça algumas brasileiras que, como Marie Curie, abriram caminho para que outras mulheres desbravassem as ciências.

Alice Piffer Canabrava, historiadora (1911-2003)

Nascida em Araras (SP), formou-se em Geografia e História pela USP em 1937. Obteve a maior média no conjunto de provas para professora de História da América, mas a banca examinadora deu o cargo a um concorrente homem. Em 1951, se tornou a primeira professora catedrática da USP, na disciplina História Econômica Geral do Brasil.

Carolina Martuscelli Bori, psicóloga (1924-2004)

Formada em pedagogia pela USP em 1947, aprofundou os estudos nos Estados Unidos e, aos 30 anos, concluiu o doutorado no Brasil. Carolina Bori foi a pioneira do estudo da Psicologia no País e participou da fundação da Sociedade Brasileira de Psicologia.

Elza Furtado Gomide, matemática (1925-2013)

Começou sua carreira ao se formar em Física pela USP, em 1944, em meio à Segunda Guerra. Porém, pegou gosto pela Matemática e foi a primeira brasileira a concluir doutorado na disciplina. Trabalhou na USP por cinco décadas.

Nise da Silveira, médica psiquiatra (1905-1999)

Nascida em 1905, foi a única mulher a se formar em Medicina pela Faculdade da Bahia em uma turma de 158 alunos. Desenvolveu um trabalho pioneiro com pacientes esquizofrênicos, utilizando a arte como terapia. Veja o que o Plenarinho já falou sobre Nise da Silveira.

Bertha Lutz, bióloga e ativista feminista (1894 – 1976)

A ativista política e cientista Bertha Lutz foi docente e pesquisadora do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e nessa atividade foi reconhecida internacionalmente por sua valiosa contribuição na pesquisa zoológica, especificamente de espécies anfíbias brasileiras. Descobriu entre outras a Liolaremus lutzae (lagartixa de praia). Veja o que o Plenarinho já falou sobre Bertha Lutz.

Fonte: Portal da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

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1 Comentário

  • by Maurício postado 23/03/2024 16:27

    Brasil

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