Por volta de 2009, uma nova forma de se manifestar politicamente começou a ganhar força. Cidadãos de todo o mundo descobriram que podiam dar voz às suas opiniões e defender as causas em que acreditavam sem sair da frente do computador ou da telinha do celular.
Esse uso da rede para declarar ideias e promover mobilizações recebeu o nome de ciberativismo, ou ativismo digital.
Em tempos de pandemia, em que não é seguro promover ou participar de aglomerações, como as manifestações de rua, o ciberativismo ganhou mais importância ainda!
Como funciona?
Há muitas maneiras de ser um ativista digital: você pode escrever manifestos, publicar vídeos ou podcasts, fazer doações, usar hashtags nos seus posts, assinar petições, trocar informações sobre mobilizações, entre outros. O importante é estar bem informado sobre as causas que pretende defender e fazê-lo com consciência.
Mas funciona mesmo?
As redes sociais e os aplicativos de mensagens instantâneas têm o poder de amplificar a voz de quem não tem espaço nas mídias convencionais, e de permitir que qualquer pessoa se torne um multiplicador de uma mensagem ou causa.
Mas o ativismo digital só gera mudanças se estiver associado a ações efetivas. Por exemplo, é legal usar um filtro rosa na foto de perfil das redes sociais em homenagem às mulheres que lutam contra o câncer de mama. Mas esse gesto tem muito mais efeito se for associado a uma ação concreta, como a doação de cabelos para a confecção de perucas para quem está fazendo quimioterapia.
Da mesma forma, se o seu engajamento é só da boca para fora, ou melhor, das redes sociais para fora, não adianta nada. Não dá para fazer aquele post destacando a importância de cuidar do meio ambiente e continuar agindo de forma descuidada, gastando mais água do que precisa ou jogando o lixo em qualquer lugar.
Quero me engajar em uma causa
Se você quer se tornar um ativista digital, fique de olho nessas dicas:
- Pesquise representantes sérios do movimento pelo qual você se interessa e encontre a corrente que mais tem a ver com você;
- Estude sobre o assunto, se informe, pergunte;
- Não divulgue informações sobre a causa que quer defender sem ter certeza de que são verdadeiras;
- Se você pode falar com propriedade sobre uma causa, fale. Mas lembre-se: faça-o de forma respeitosa, responsável, ética, da mesma forma que o faria se estivesse dando uma entrevista coletiva para a TV. No fundo, é isso que você faz na internet – sobe numa tribuna e fala para uma câmera, com um alcance que nem imagina;
- Esteja aberto para escutar críticas e opiniões diferentes da sua. Sempre que possível, aprenda e cresça com elas.
Com informações da Gama Revista e do Guia do Estudante.
Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários
Comente!