Professor do Quênia ganha o Global Teacher Prize de 2019

Peter Tabichi, um professor de ciências da zona rural do Quênia, que doa 80% de seu salário para apoiar os alunos mais pobres, ganhou um prêmio de US$ 1 milhão (R$ 3,9 milhões) ao ser eleito o melhor professor do mundo. Peter é membro da ordem religiosa franciscana e ganhou o Global Teacher Prize de 2019, conferido pela Fundação Varkey, organização de caridade dedicada à melhoria da educação para crianças carentes.

Na escola em que o professor Tabichi dá aulas, faltam livros, professores e, até mesmo, espaço físico – as classes têm o dobro de alunos que deveriam, o que deixa as salas superlotadas. Muitos desses jovens são bem pobres e órfãos de um ou dos dois pais. Esses estudantes chegam a percorrer mais de 6 km, à pé, para chegar à escola, e não conseguem se concentrar direito nas aulas porque suas famílias não têm dinheiro para comprar comida.

Ainda assim, graças à sua dedicação e ao seu envolvimento com a solução dos problemas da comunidade, Tabichi conseguiu fazer com que seus estudantes fossem bem sucedidos em competições científicas nacionais e internacionais, incluindo um prêmio da Sociedade Real de Química do Reino Unido.

O Brasil também fez bonito!

Entre os dez professores que disputaram a final do Global Teacher Prize de 2019, merece destaque a professora brasileira Débora Garofalo.

Quando criança, Débora pediu à mãe uma pequena lousa com giz de presente. Com o brinquedo em mãos, passou a dar aulas aos coleguinhas com dificuldade de aprendizado na escola. Hoje, aos 39 anos, a brasileira que, por opção, sempre deu aulas em escolas públicas, está entre os 10 melhores professores do mundo.

A professora de tecnologias da escola EMEF Almirante Ary Parreiras, na capital paulista, defende que, para gerar entre os jovens interesse em estudar, as escolas precisam “reinventar” a forma como o conteúdo é repassado.

Débora conta que, quando começou a dar aula de tecnologias na escola, percebeu que os estudantes faltavam à aula em dias de chuva por causa do alagamento provocado pelos bueiros entupidos de lixo. Foi aí que ela teve a ideia de convidá-los para saírem às ruas,  recolherem o lixo, avaliarem as sucatas e discutirem como reutilizar o material. Desde então, estudantes com idade entre 6 e 14 anos passaram a transformar o lixo das favelas de São Paulo em soluções para a comunidade. Filtro de água, semáforo e máquina de sorvete foram construídos a partir de garrafas pet, vidro e restos de fiação.  Até o ‘gato’ elétrico foi substituído por tecnologia de energia renovável, tudo criado nas aulas de robótica.

Em quatro anos, os estudantes do projeto Robótica com Sucata já retiraram mais de 700 kg de lixo das ruas.

“A escola precisa ser atrativa e dar sentido prático ao que é ensinado. E os professores devem envolver as crianças na resolução de problemas, torná-las protagonistas do aprendizado. O meu papel é, junto com eles, errar, testar, fazer com que cheguem às conclusões e criem, sem simplesmente entregar a eles as respostas.”

Com informações da BBC Brasil e do site G1

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