Samba

Sabia que o Samba tem um Dia Nacional? E a escolha dessa data tem um motivo pra lá de curioso. Em 1938, Ary Barroso, um dos maiores compositores brasileiros, criou o samba “Na Baixa do Sapateiro”, em que homenageava a Bahia. O detalhe é que o cantor nunca tinha ido lá. Então, na primeira vez em que ele pisou em Salvador, num dia 2 de dezembro, o vereador baiano Luís Monteiro da Costa aprovou uma lei que declarava que aquele seria o Dia Nacional do Samba, numa forma de homenagear o compositor.

A origem

O samba surgiu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos. Mas foi no Rio de Janeiro que ele se estabeleceu. No começo da sua história, ele não era visto com um símbolo nacional, como nos dias de hoje. Pelo contrário – samba era coisa de gente desocupada.

Uma figura fundamental nessa época foi Hilária Batista de Almeida, conhecida como Tia Ciata. Nascida na Bahia, em 1854, ela mudou-se para o Rio de Janeiro aos 22 anos, sendo a responsável por levar o samba-de-roda para lá. Tia Ciata também foi uma grande incentivadora do movimento, abrindo as portas de sua casa para reuniões de sambistas pioneiros quando a prática ainda era proibida por lei.

Foi a partir do início dos anos 40, com o governo Vargas, que o samba começou a ser encarado como uma das mais importantes manifestações culturais brasileiras.

O samba normalmente combina instrumentos de percussão para marcar o ritmo, como o surdo, o pandeiro e o tamborim. A melodia é feita por instrumentos de corda, como violão e cavaquinho. Dá para usar outros instrumentos? Dá, sim! Mas os básicos são esses.

Estilos de samba

Samba-de-roda: foi a forma original do samba. Surgiu entre os negros escravizados na Bahia por volta de 1860, chegando pouco depois ao Rio de Janeiro. Começa devagar e se torna cada vez mais forte e cadenciado, sempre acompanhado por um coro para repetir o refrão.

Samba de breque: surgiu no Rio de Janeiro, no final dos anos 20. Sua característica eram as paradinhas que o cantor dava no meio da música para falar uma frase ou contar uma história.

Partido alto: surgiu na década de 1920. Há um refrão que se repete e, entre as repetições, os sambistas improvisam versos na hora.

Samba-enredo: o samba-enredo nasceu com os primeiros desfiles das escolas de samba no carnaval no Rio de Janeiro, na década de 1930. No início, seu andamento era mais lento, mas foi ficando acelerado para que as escolas, cada vez maiores, conseguissem cumprir o tempo previsto do desfile. Os sambas-enredo cantam a história que a escola quer mostrar na avenida.

Samba-canção: surgido na virada dos anos 30 para os 40, é um samba mais lento que costuma falar de desilusões amorosas.

Pagode: é um estilo mais recente. Nele, além dos instrumentos mais básicos, podem ser usados instrumentos de sopro, como flauta e sax, e até um teclado. Começou no Rio de Janeiro, nos anos 80. Quando chegou a São Paulo, na década seguinte, o ritmo estourou, passando a ser um enorme sucesso nas rádios e nos programas de TV.

Com informações de CEDI – Câmara dos Deputados e da Revista Superinteressante

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