O Pantanal é a maior planície inundável do mundo. No Brasil, ele abrange os estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Parte de seu território – cerca de 38% – fica no Paraguai e na Bolívia. Nesses países, ele é chamado de Chaco. Sua área aproximada é de 150.355 km² (IBGE, 2004), ocupando 1,76% da área total do território nacional.
No Pantanal, há duas estações bem definidas: a seca e a chuvosa. Entre os meses de novembro e março, chuvas constantes fazem com que os rios da região transbordem e inundem as áreas mais baixas da paisagem, formando grandes lagos.
Como os alagamentos não são tão rápidos, dá tempo de a fauna local se deslocar para os terrenos mais elevados – com exceção dos numerosos jacarés, que ficam onde estão, pois gostam mesmo é de quando os rios estão cheios.
O bioma é muito rico em vida animal. Já foram catalogadas 263 espécies de peixes, 41 de anfíbios e 113 de répteis. Entre as aves – 463 espécies -, merecem destaque as araras, as garças, os maguaris e os tuiuiús. Já entre as 132 espécies de mamíferos, são as onças-pintadas, as capivaras e as ariranhas que chamam a atenção.
Quase duas mil espécies vegetais já foram identificadas nas paisagens pantaneiras. Na região que fica alagada durante todo o ano, crescem gramíneas. Naquela sujeita às cheias dos rios, há vegetação rasteira, com arbustos e palmeiras, como o buriti e o carandá. Já nos lugares que não sofrem inundação, vivem espécies típicas do cerrado e, em pontos mais úmidos, árvores comuns à floresta tropical.
Comunidades tradicionais
Tão admirável quanto a natureza do Pantanal é a rica presença de populações tradicionais, como as indígenas, quilombolas, os coletores de iscas do Rio Paraguai e as comunidades Amolar e Paraguai-Mirim, dentre outras. Elas influenciaram diretamente na formação cultural dos pantaneiros.
Ameaças ao Pantanal
Em todo o País, a natureza corre perigo. No Pantanal não é diferente. O bioma vem sendo muito impactado pela ação humana, principalmente pela atividade agropecuária.
Além disso, na época de seca, outra ameaça surge com força: as queimadas. Em 2020, o Pantanal atravessou a pior temporada de incêndios florestais das últimas décadas – foram identificados pelo menos 14.489 focos de incêndio. Dados do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) apontam que 15% do bioma foi devastado pelas chamas. E o pior disso tudo: boa parte das ocorrências resultaram de queimadas ilegais, feitas por proprietários da região com o intuito de preparar o solo para plantio ou pastagem.
O Dia do Pantanal
Francisco Anselmo de Barros, o Francelmo, foi um ambientalista que dedicou sua vida à luta pela preservação do Pantanal. No dia 12 de novembro de 2005, num protesto extremo contra as ameaças que o bioma sofria, Francelmo ateou fogo no próprio corpo e acabou morrendo em decorrência disso. Em sua homenagem, a data passou a ser conhecida como Dia do Pantanal.
Com informações do Ministério do Meio Ambiente, do WWF e da revista Superinteressante
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4 Comentário(s)
Queria tanto receber para da aos Meus alunos
Oi, Vanessa! Você deve estar se referindo às nossas revistinhas, certo? Nem tudo que publicamos no portal vira revistinha… de qualquer forma, neste momento, o envio de publicações impressas está suspenso até o retorno das nossas atividades presenciais (estamos em teletrabalho devido a pandemia). Abraços da Turma!
Excelente conteúdo, estou utlizando como um jogo nas aulas dos 7ºs anos.
Parabéns aos autores do Plenarinho!
Que legal, Neide! Se puder, conta pra gente como você tem feito! Quem sabe outros educadores possam aproveitar a sua experiência? Abraços da Turma!
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