Quando se fala em Pampa, a gente logo imagina um campo aberto e verdinho e um gaúcho de bombachas, tomando chimarrão. Não é à toa – no Brasil, esse bioma é exclusivo do Rio Grande do Sul, e ocupa 63% do território do estado.
O Pampa apresenta terras baixas e predominantemente planas, com colinas arredondadas conhecidas como “coxilhas”. Ali predominam os campos nativos, permeados por capões de mata, matas ciliares e banhados. Seu clima é temperado. Isto significa temperaturas amenas a maior parte do ano, verões quentes – um calor de até 35ºC! – e invernos gelados, com geadas e temperaturas negativas.
Achou que no Pampa só tinha capim? Pois achou errado! Estima-se que haja cerca de 3 mil espécies vegetais. As gramíneas predominam, com mais de 450 espécies, mas há leguminosas, arbustos, árvores e palmeiras. Nos banhados, há muitas espécies aquáticas. E nos afloramentos rochosos, é possível encontrar até cactos!
A fauna pampiana é expressiva, com quase 500 espécies de aves, como a ema, o perdigão, a perdiz e os ameaçados de extinção caboclinho-de-barriga-verde e picapauzinho-chorão. Também há mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, como os ameaçados veado-campeiro e cervo-do-pantanal.
Também é no Pampa que fica a maior parte do aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce do mundo.
Um bioma em risco
Por séculos, o Pampa e o gaúcho conviveram em harmonia. Porém, as formas recentes de uso da terra vêm contribuindo para um rápido desaparecimento da vegetação nativa, que já foi reduzida a aproximadamente um terço do tamanho original.
A progressiva introdução e expansão das monoculturas e das pastagens para o gado com espécies exóticas têm levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do bioma. A mineração e a caça também ameaçam a natureza local.
Dia do Pampa
O Dia do Bioma Pampa é comemorado em 17 de dezembro, data de aniversário do agrônomo e ambientalista gaúcho José Antonio Lutzenberger, falecido em 2002.
Com informações do Ministério do Meio Ambiente, da Embrapa e do Instituto Chico Mendes.
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