Biomas terrestres brasileiros

Desenho de um campo de grama verde, arbustos em tom mais escuro de verde e três troncos marrons com folhas em outro tom de verde: uma de cada lado da imagem e uma no centro. Em um dos galhos da árvore do centro, Edu Coruja está deitado sobre as costas, de olhos fechados e uma das asas apoiadas sobre o peito. Da cabeça dele, saem 3 letras z brancas, que parecem voar sobre o céu amarelado e representam ronco de Edu.

Biomas são um conjunto de ecossistemas de uma área, o que inclui todos os vegetais ou animais daquele lugar. De acordo com o IBGE, no Brasil, existem seis grandes biomas continentais (terrestres) e um bioma marinho ou aquático.

Biomas terrestres brasileiros

  • Amazônia
  • Cerrado
  • Caatinga
  • Mata Atlântica
  • Pantanal
  • Pampa

Amazônia

Quem nunca ouviu falar da maior reserva biológica do mundo? O bioma Amazônia ocupa 49,29% do território brasileiro, e representa mais da metade de todas as florestas tropicais que ainda existem.

Mais da metade de toda a área amazônica é composta pela floresta tropical úmida de terra firme, sendo que o restante é constituído por matas de cipó, campinas, matas secas, igapós, manguezais, matas de várzeas, cerrados, campos de terra firme, campos de várzeas e matas de bambu.

Este bioma também tem a maior bacia hidrográfica do mundo. O rio Amazonas lança ao mar uma média de 175 milhões de litros d’água a cada segundo!

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Cerrado

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, atrás apenas da Amazônia! Ele já chegou a ocupar uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional. Abrange os estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rondônia, São Paulo e partes do Amapá, Amazonas e Roraima.

Ele é considerado a ‘caixa d’água do Brasil’: nele estão as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazonas/Tocantins, São Francisco e Prata).

Tanta água assim só pode significar muita vida. E é isso mesmo que se vê no Cerrado: ele é considerado a savana mais rica do mundo, com 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. A fauna também é muito variada: são cerca de 199 espécies de mamíferos, 837 de aves, 1200 de peixes, 180 de répteis e 150 de anfíbios. Além disso, de acordo com estimativas recentes, ele abriga 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos.

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Caatinga

A caatinga abrange os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais. É uma região de clima semiárido (sem umidade, seco) e solo pedregoso (cheio de pedras). O aspecto seco da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores que crescem no período das chuvas, que são raras. A quantidade de água das chuvas que cai por ano na Caatinga varia entre 300 e 800 milímetros anualmente. É muito pouco.

Mas a vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou nem existem. Algumas plantas armazenam água, como os cactos; outras têm raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva. Algumas das espécies mais comuns da região são a amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro.

Quando chove na caatinga, a paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas, e o solo fica forrado de pequenas plantas. Os animais voltam a engordar. Na caatinga vive a ararinha-azul, espécie ameaçada de extinção. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-do-nordeste, entre outros.

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Mata Atlântica

Quando o Brasil foi descoberto, em 1500, a Mata Atlântica, em 1500, ela cobria o litoral desde o Rio Grande do Norte até Santa Catarina, ocupando mais de 1,3 milhões de km². Porém, devido à ocupação e atividades humanas na região, hoje restam cerca de 29% de sua cobertura original.

Ainda assim, ela continua sendo a floresta tropical com a maior variedade de formas de vida por metro quadrado. Estima-se que existam ali cerca de 20 mil espécies vegetais (35% das espécies existentes no Brasil, aproximadamente), incluindo diversas espécies endêmicas, isto é, que só dão lá, e ameaçadas de extinção. As árvores mais comuns são o cedro, o ipê, o jequitibá, o pau-brasil, o palmiteiro e a canela.

Em relação à fauna, o bioma abriga, aproximadamente, 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes. São exemplos desses animais o macaco-prego, o tucano, o tamanduá e o mico-leão-dourado.

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Pantanal

É a maior planície inundável do mundo. Cobre o sudoeste do Mato Grosso do Sul, o oeste de Mato Grosso e parte do Paraguai. Uma parte do Pantanal permanece alagada durante todo o ano. É nessa região que nascem as gramíneas (capim, bambu, milho, trigo, arroz, cana, aveia, etc.). Nas áreas que ficam alagadas apenas em certas épocas do ano, a vegetação é rasteira, com arbustos e palmeiras, como o buriti e o carandá. Já nos lugares que não sofrem inundação, vivem espécies típicas do cerrado e, em pontos mais úmidos, espécies de árvores comuns à floresta tropical.

Além de apresentar uma exuberante vegetação com inúmeras formas e cores, a região pantaneira destaca-se também em sua fauna, com aves belíssimas, como as araras, garças, maguaris e tuiuiús. Entre os mamíferos, chamam a atenção as onças-pintadas, as capivaras, os tamanduás e os veados-mateiros, entre outros.

No Pantanal existem cerca de 230 espécies de peixe. Destacam-se a piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado. O maior peixe do Pantanal é o jaú, um gigante que pode pesar até 120 quilos, e chega a 1 metro e meio de comprimento.

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Pampa

No Brasil, aparece exclusivamente no Rio Grande do Sul e ocupa 63% do território do Estado.

O Pampa apresenta terras baixas e predominantemente planas, com colinas arredondadas conhecidas como “coxilhas”. Ali predominam os campos nativos, permeados por capões de mata, matas ciliares e banhados. Seu clima é temperado. Isto significa temperaturas amenas a maior parte do ano, verões quentes – um calor de até 35ºC! – e invernos gelados, com geadas e temperaturas negativas.

Estima-se que no Pampa existam cerca de 3 mil espécies vegetais, com predomínio de gramíneas. A fauna também é expressiva, com quase 500 espécies de aves e mais de 100 de mamíferos terrestres – muitos deles em extinção.

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