Distribuição gratuita de absorventes em postos de saúde

Ilustração de fundo em tons de rosa. No centro da imagem há uma menina de cabelos lisos escuros na altura dos ombros. Ela veste camisa de manga comprida cor de rosa e calça verde. Ela sorri e repousa uma das mãos na cintura. Sobre o fundo, do lado da cabeça dela aparecem as palavras CÂMARA MIRIM 2021.

Pouco falado até dias recentes, o assunto dignidade menstrual ganha cada vez mais espaço. Foi justamente pelas redes sociais que a estudante Ana Carolina da Maia, de Joinville (SC), teve inspiração para elaborar um dos projetos de lei selecionados para o Câmara Mirim 2021.

“Eu vi algumas pessoas falando sobre pobreza menstrual na internet e fiquei com isso por um tempo na minha cabeça”, recorda a jovem, que é vereadora mirim na sua cidade. Ela sugeriu o tema na primeira sessão presencial da Câmara Mirim de Joinville, porém sua ideia não foi acatada.

Mas a coordenadora da Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Joinville, Juliana Filippe, não deixou Ana Carolina desistir, incentivando que ela escrevesse um PL para o Câmara Mirim. E deu certo! “Quando descobri que meu projeto foi um dos selecionados, fiquei um tempo raciocinando para acreditar. Eu fiquei muito feliz!”, lembra.

Consequências graves

Estima-se que 22% das meninas de 12 a 14 anos não têm acesso a produtos higiênicos adequados para a menstruação no Brasil. Esse número sobe para 26% entre adolescentes de 15 a 17 anos. Isto significa que, no período menstrual, elas são forçadas a improvisar. As consequências disso vão muito além do desconforto, com o aumento do risco de infecções ginecológicas e urinárias. E mais: a frequência escolar também é afetada, já que muitas garotas precisam faltar às aulas por não terem absorventes para usar.

Falar sobre menstruação já foi mais complicado, mas Ana Carolina lembra que o tema ainda assusta muita gente. Daí a importância do debate e de seu projeto de lei. “É muito difícil para algumas meninas falar sobre isso. Ainda existe um tabu e às vezes elas não acham uma pessoa em quem tenham confiança, que elas se sintam confortáveis para conversar sobre esse assunto”, avalia.

De olho na sua participação no Câmara Mirim em outubro, Ana Carolina tem aprofundado as pesquisas sobre o tema. Ela conta que o que mais a atrai na política é a possibilidade de fazer o bem. A estudante de 14 anos está no 9º ano na Sociedade Educacional Santo Antônio e nas horas livres gosta de pintar, ler, assistir filmes e séries.

Cidade dos príncipes

Ana Carolina fala com orgulho da sua cidade, famosa pelas flores, bicicletas e pela dança. O tradicional Festival de Dança de Joinville é o maior do mundo e também é lá que funciona a única filial do Teatro Bolshoi de Moscou. “O que eu recomendaria para alguém que pretende conhecer Joinville é conhecer o Centreventos, o Bolshoi, o centro da cidade e alguns dos parques, como Parque Caieiras, que é muito legal”, sugere a catarinense.

Uma curiosidade é que Joinville também é conhecida como “cidade dos príncipes”. Isso porque as terras onde se encontra o município foram dadas como dote de casamento por D. Pedro I para o príncipe francês Francisco d’Orléans, que se casou com a princesa Francisca Carolina.

 

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