Cuidado com a dengue!

Tá com febrão, muita dor de cabeça e indisposição, dor atrás dos olhos e manchas pelo corpo? Pode ser dengue! A doença não sai dos noticiários. Também, pudera – o número de casos tem crescido de forma alarmante em vários estados do Brasil e no Distrito Federal.

Vem saber mais sobre essa doença e como se prevenir!

O que é a dengue

A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, isto é, doenças virais transmitidas por artrópodes (como mosquitos e carrapatos).

Quem transmite a dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti, agente transmissor de outras doenças: zika, chikungunya e febre amarela.

Até o momento, há quatro sorotipos conhecidos do vírus da dengue (sorotipos são variações dentro da mesma espécie): DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Embora seja possível contrair dengue durante o ano todo, ela tem padrão sazonal, com aumento expressivo do número de casos principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.

A explicação é simples: como esses meses costumam ser mais chuvosos, há mais água parada acumulada em lixões, terrenos baldios, ferros-velhos – os ‘berçários’ perfeitos para as larvas do Aedes aegypti.

Pessoas de todas as idades podem contrair dengue, mas ela tem mais risco de evoluir de forma grave em quem tem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, em grávidas, lactentes, crianças de até 2 anos e idosos a partir de 65 anos. Ah, em quem pega dengue pela segunda vez, também.

Sintomas e sinais de alerta

Os principais sintomas da dengue são:

  • Febre alta (maior que 38°C);
  • Dor no corpo e articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias.

Mas a gente contou que a dengue pode evoluir de forma grave, né. Então fique de olho nos sinais de alarme:

  • Dor na barriga intensa e contínua;
  • Náuseas;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos na barriga (“barriga d’água”);
  • Queda de pressão, tontura e/ou quase desmaiar ao se levantar;
  • Letargia (cansaço físico e mental extremos) e/ou irritabilidade;
  • Fígado aumentado;
  • Sangramento na gengiva;
  • Sangue no vômito, na urina ou nas fezes; e
  • Aumento progressivo do hematócrito (tipo de exame que analisa a porcentagem de células vermelhas no volume total do sangue).

Se, entre o 3º e o 7º dia de sintomas, você perceber algum desses sinais, procure atendimento médico imediatamente.

Tratamento

Como muitas doenças virais, a dengue é autolimitada, isto é, dura um período limitado e depois passa. Assim, o principal a se fazer é repousar e se hidratar muito bem. E não se automedicar: alguns analgésicos e antitérmicos podem piorar o quadro.

Como combater a dengue?

  • Evite acumular água em recipientes ao ar livre, como vasos de flores, pratinhos de plantas, garrafas ou outros recipientes;
  • Cubra adequadamente as caixas d’água e os reservatórios;
  • Mantenha calhas, lajes e ralos desobstruídos;
  • Evite o acúmulo de lixo e descarte-o em sacos plásticos fechados;
  • Periodicamente, lave e escove as paredes dos recipientes onde a água é armazenada, como tanques, cisternas, piscinas ou baldes e, se possível, mantenha-os cobertos; 
  • Lave e troque a água dos vasos de flores pelo menos a cada seis dias ou coloque algumas gotas de cloro neles; 
  • Se possível, proteja os ambientes internos com telas mosquiteiras nas janelas. Vale a pena usar também repelentes elétricos, espirais de fumaça ou em spray;
  • Passe repelente nas partes do corpo não protegidas pelas roupas. De acordo com o Ministério da Saúde, os produtos mais indicados são os à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou Icaridina;
  • Se houver imunizante contra a dengue disponível na sua cidade, vacine-se!

Curiosidades sobre o Aedes aegypti

  • Sabia que Aedes aegypti significa “Odioso do Egito”? Bem apropriado, né. E a pronúncia correta é “édes egípti”;
  • Embora passe o dia inteiro ativa, a fêmea do Aedes aegypti prefere picar pela manhã e ao entardecer;
  • Só a fêmea pica porque ela precisa de sangue para o desenvolvimento dos ovos e para o seu metabolismo;
  • As larvinhas do mosquito podem se desenvolver tranquilamente em locais tão pequenos quanto tampinhas de garrafa;
  • Os ovos são resistentes: podem suportar até um ano longe d’água, aguardando as chuvas. Por isso, é preciso lavar bem os recipientes que podem virar criadouros de mosquito para não deixar restar nada.
Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

2 Comentário(s)

Comente!

Seu endereço de email não vai ser publicado. Campos marcados com * são exigidos