Dandara dos Palmares

Considerada uma heroína brasileira, Dandara dos Palmares liderou o maior grupo de resistência à escravidão do Brasil-Colônia: o Quilombo dos Palmares. Junto a Zumbi, com quem teve três filhos, Dandara é até hoje lembrada pela posição de direção dentro do Quilombo. Sábia, guerreira e defensora dos oprimidos, lutava capoeira muito bem e não aceitava negociação com escravocratas, a menos que concordassem com a total liberdade de seu povo.

O que é quilombo?

Essa palavra, vinda do dialeto dos povos Bantus, da África Ocidental, originalmente queria dizer acampamento – um tipo de abrigo temporário para viajantes. Mas, no Brasil-colônia, passou a identificar as comunidades autônomas de escravos fugitivos. O maior deles foi o de Palmares (que existiu de 1580 a 1710), localizado na capitania de Pernambuco, onde hoje é o estado de Alagoas.

História

A história de Dandara se confunde com a história do Quilombo dos Palmares e de Zumbi. Não há registros oficiais sobre a vida e a morte da heroína, mas ela se faz presente em histórias contadas por descendentes dos quilombolas, pelo grande significado de sua resistência.

Em 1677, Dandara e Zumbi assumiram a liderança do Quilombo após se recusarem a aceitar um tratado proposto pelo governo da capitania de Pernambuco. Com estratégias de combate robustas, eles defenderam Palmares bravamente por quase 20 anos, até serem entregues pelo quilombola Antônio Soares.

Até hoje, Dandara dos Palmares reacende a figura feminina na luta contra a discriminação racial e demonstra quanto as mulheres fazem parte do enfrentamento perante as desigualdades.

Heroína da Pátria

Em 25 de abril de 2019, Dandara foi inscrita no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, um livro de aço que fica exposto no Panteão da Pátria e da Liberdade, monumento localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília/DF. O Livro dos Heróis e Heroínas homenageia todos os homens e mulheres que se sacrificaram em defesa da liberdade e da democracia no Brasil.

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