Anita Malfatti

Considerada um dos principais nomes do modernismo no Brasil, Anita Malfatti fez parte do Grupo dos Cinco. Já ouviu falar neles? Eram os ‘top influencers’ daquele tempo, fim da década de 1910.

O grupo de artistas – formado por ela, Tarsila do Amaral e os escritores Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade – tomou a frente do movimento cultural que ganhou o Brasil em 1922, com a realização da Semana de Arte Moderna de São Paulo.

Anita Catarina Malfatti nasceu na cidade de São Paulo em 2 de dezembro de 1889. Era filha de imigrantes – um engenheiro italiano e uma pintora estadunidense. Ela tinha uma deficiência física: o braço e a mão direita nasceram atrofiados, isto é, não completamente desenvolvidos. Mas isso não a limitou – escrevia, pintava e desenhava com a mão esquerda.

No início de sua vida adulta, Anita passou bastante tempo estudando fora. De 1910 a 1914, ela morou em Berlim; de 1915 a 1916, em Nova York. Nos dois países, teve a oportunidade de aperfeiçoar sua técnica e ter contato com o movimento modernista.

Anita voltou ao País com ideias inovadoras, inspiradas no que havia visto em suas viagens. Contrariando o que se fazia no Brasil naquela época, seu traço já não buscava a representação fiel da realidade, mas uma interpretação livre dela. Suas cores eram fortes, contrastantes, com contornos mais grossos. Com a cara e a coragem, ela reuniu as pinturas que vinha fazendo e realizou sua segunda mostra individual: a “Exposição de Arte Moderna Anita Malfatti”.

A exposição causou uma impressão fortíssima em todos que a viram. Entre os conservadores, gerou críticas revoltadas (inclusive do escritor Monteiro Lobato). Em compensação, ganhou o coração de artistas e intelectuais jovens, que buscavam essa renovação. Por sinal, foi a partir daí que Anita se aproximou do Grupo dos Cinco.

Meses depois de participar da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, Anita voltou à Europa – desta vez, à Paris, onde estudou até 1928.

Ao regressar ao País, encontrou um novo cenário artístico – o modernismo tinha ganhado força e outros nomes haviam surgido. Mas ela também não era a mesma de antes: embora não tenha chegado a romper com o movimento, tinha começado a seguir por um caminho mais descompromissado, simples e espontâneo, inspirada pela arte popular brasileira.

A pintora, gravurista, desenhista e professora de artes Anita Malfatti seguiu produzindo sem seguir tendências, num estilo só seu, até falecer, aos 74 anos, em 6 de novembro de 1964.

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