Maria Clara Machado

Ilustração de fundo azul, com desenhos espalhados de estrelas, um cavalo, um fantasma, um planeta e uma bruxinha. No centro da imagem há uma mulher de pele clara, cabelos curtos e grisalhos. Ela sorri e apoia o queixo em uma das mãos. Veste roupa vermelha com gola e punhos cinzas.

A história do teatro infantil brasileiro se confunde com a vida de Maria Clara Machado. Não é para menos – desde a década de 1950, suas obras divertem e encantam plateias em todo o País.

Maria Clara nasceu em 3 de abril de 1921, em Belo Horizonte/MG. Filha do escritor Aníbal Machado, mudou-se para o Rio de Janeiro com a família aos quatro anos. Durante toda a infância, conviveu com intelectuais e artistas, amigos de seu pai, despertando cedo para o mundo das artes.

Na adolescência, integrou o Movimento Bandeirante, trabalhando no ambulatório do Patronato Operário da Gávea. Foi lá que viveu sua primeira experiência nos palcos, divertindo as crianças que estavam no local com números de teatro de bonecos.

Em 1949, já adulta, Maria Clara ganhou uma bolsa de estudos do governo francês para estudar teatro em Paris. Durante o período que passou na Europa, teve a chance de aprender com grandes mestres das artes dramáticas.

A temporada na Europa foi inspiradora. Em 1951, já de volta ao Brasil, a animada Maria Clara reuniu um grupo de amigos e criou o grupo de teatro amador O Tablado.

A ideia inicial era encenar espetáculos apenas para o público adulto. Mas em 1953, com a estreia de “O boi e o burro a caminho de Belém”, sua primeira peça infantil, Maria Clara Machado nunca mais se separou das crianças.

Ao longo de sua carreira, ela criou 27 peças infantis, como os grandes sucessos “Pluft, o fantasminha”, “A bruxinha que era boa” e “O cavalinho azul”, entre muitos outros.

Maria Clara foi escritora, atriz, diretora de teatro e professora de artes cênicas. Seu pulso firme e dedicação transformaram O Tablado em um dos principais centros de formação de atores do Brasil.

Ela morreu aos 80 anos, em 30 de abril de 2001. Não deixou filhos biológicos, mas sua sobrinha – a atriz e diretora Cacá Mourthé – e as gerações de artistas que formou levam adiante o seu legado.

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