As Guerras da Independência

Quando se pensa em Independência do Brasil, é comum lembrarmos apenas de Dom Pedro e do Sete de Setembro. Mas pouco se fala do processo conflituoso que levou até o reconhecimento, dentro e fora do País, de que éramos de fato uma nação independente. E é sobre isso que vamos tratar nesta série especial de posts.

Quem não conhece a famosa pintura “Independência ou Morte”, de Pedro Américo? Nela, o jovem príncipe D. Pedro ergue sua espada para o céu, num gesto que proclama a Independência do Brasil. Está cercado por sua guarda pessoal, todos usando trajes de gala e montados em belos cavalos. Alguns homens do povo, à beira do caminho, assistem placidamente ao acontecimento enquanto tocam suas vidas.

Embora tenha entrado para a história como o retrato de um dos momentos fundadores da nação brasileira, o quadro é bastante fantasioso – é a imagem de como gostariam de lembrar o acontecimento, e não como ele foi de fato. 

Dom Pedro e sua comitiva partiram do Rio de Janeiro ainda em agosto, rumo a São Paulo, para conquistar apoiadores à causa do Brasil independente. Montavam mulas e usavam trajes simples, de tropeiros, próprios para cavalgar o dia inteiro. Naquele dia 7 de setembro, em especial, o príncipe não estava em sua melhor forma – uma dor de barriga o obrigava a interromper a viagem diversas vezes para ‘se aliviar’. Glamour zero.

Mesmo o gesto de erguer a espada e proclamar independência a plenos pulmões não aconteceu ali, às margens do riacho. O que houve foi a chegada de mensageiros com cartas do cônsul britânico no Rio de Janeiro, com notícias das Cortes de Lisboa, da princesa Maria Leopoldina e do amigo e conselheiro do príncipe, José Bonifácio. Ao tomar conhecimento do teor das mensagens, Pedro decidiu confirmar o decreto que tornava o Brasil independente de Portugal. Que, por sinal, tinha sido assinado por sua esposa cinco dias antes.

Por muito tempo, a história da Independência do Brasil ensinada nas escolas foi como a pintura de Pedro Américo – restrita ao caminho entre Rio de Janeiro e São Paulo, focada no gesto heroico de um homem. O resto do País ficava de fora, apenas observando e acatando silenciosamente os acontecimentos.

Mas, aos poucos, estudiosos vêm trazendo à luz novas histórias da nossa independência, recheadas de batalhas e de milhares de heróis anônimos. São as chamadas Guerras da Independência, e têm como palcos as províncias da Bahia, do Piauí, do Maranhão, do Grão-Pará e da Cisplatina (atual Uruguai). 

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Bahia | Piauí | Maranhão | Grão-Pará | Cisplatina

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2 Comentário(s)

  • by Romeo Bartolo Andrade postado 28/09/2023 19:16

    Gostei muito da revista, As Guerras da Independencia porque fala coisas que não tem no livro da escola. Achei muito legal e divertido . beijos romeo bartolo andrade

    • by Turma do Plenarinho postado 29/09/2023 13:43

      Ficamos muito felizes que você gostou e aprendeu! Abraços da turma!

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